Publicado em 19/01/2023 às 16:31:26,
atualizado em 19/01/2023 às 17:42:59
O cantor Netinho da Bahia, famoso por hits como Milla, teve um show cancelado após manifestar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apontar em publicação que os atos terroristas de 8 de janeiro foram realizados por pessoas de esquerda. Depois de ficar no prejuízo, o cantor apagou as publicações que falava sobre o assunto e negou qualquer envolvimento com os protestos. "Terão que provar na Justiça", disse ele.
Tudo começou quando o Iate Club de Aracaju, no Sergipe, decidiu cancelar uma apresentação que o artista faria no local, onde ele já havia feito show em 2019 e 2020. "Esclarecemos que não compactuamos nem apoiamos atos antidemocráticos e não iremos permitir jamais qualquer ação dessa natureza dentro da nossa instituição", iniciou o comunicado do espaço, que receberia o baiano no dia 28 deste mês.
"Reiteramos aqui o nosso compromisso em realizar o tradicional bloco Por Amor ao Iate, na intenção de fomentar a geração de emprego e renda, desenvolvimento do turismo e da cultura carnavalesca, trazendo momentos de alegria e descontração a todos que irão prestigiar o evento", terminou a nota.
Netinho, então, apagou as postagens em que mencionava as manifestações antidemocráticas promovidas pelo eleitorado de Bolsonaro e ainda privou os comentários de suas publicações. Ainda no Instagram, o cantor, que segundo a Folha de S. Paulo compareceu a um acampamento golpista, fez três posts para lamentar o buraco que ficou em sua agenda.
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"Recebi a notícia pública do cancelamento da minha participação através de Rede Social, mas sem qualquer documentação formal de encerramento ou prorrogação do show enviada a mim, mesmo com um contrato vigente", começou ele.
Na sequência, o cantor afirmou que procurará seus direitos: "Em relação às fakes news espalhadas, afirmando que eu teria incentivado atos de vandalismo e terrorismo, eu lamento, nego e reafirmo que sempre me manifestei a favor da família, da paz e do amor, que sempre fizeram parte do meu repertório da carreira bem sucedida e acompanhada de perto pelos sergipanos e por gente de todo o mundo".
"Os que espalharam fake news me acusando de 'incentivar e financiar o terrorismo', coisa que eu nunca fiz em 56 anos de vida, terão que provar isso na Justiça. Não são fake news que irão apagar toda a minha história positiva de décadas com o povo de Aracaju e Sergipe. Eu NUNCA misturei política com a minha música, NUNCA, nem é agora que farei. Mentem a respeito disso", reclamou ele.
Em entrevista a um programa de rádio de Aracaju, Netinho voltou a falar sobre o cancelamento de seu show na cidade, disse que recebeu 60% do cachê e já gastou boa parte do dinheiro. "Além do prejuízo que me deram, eu fui prejudicado com o meu nome, com a minha marca. Cheguei a anunciar o show na minha rede social", disparou.
"Quando eles cancelaram, me prejudicaram. Falei para eles ontem: vocês estão me obrigando a lhes processar. (...) Não vou deixar que uma pessoa diga que eu financio o terrorismo. Se essa pessoa acredita, ela tem que provar. Isso é crime. Cadê o pagamento de eu pagando para financiar terrorismo?", questionou ele.
No bate-papo, ele disse que não vai ter processo e que o Iate Club vai se responsabilizar pelos trâmites relacionados ao cancelamento da apresentação. "Eu, há quatro anos, através de uma ideologia minha, vinha apoiando o povo brasileiro como pessoa, nunca, num show meu, eu falei de política ou outro assunto que não fosse música, amor, alegria e 'tira o pé do chão'", afirmou.
"Então não pode dizer que o iate me tirou porque está com medo de eu fazer um discurso político num bloco de carnaval. Nunca fiz. A minha história não foi feita com a lei Rouanet", completou ele.
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