Publicado em 19/11/2021 às 06:14:31,
atualizado em 19/11/2021 às 11:02:00
O pai compôs um dos maiores sucessos de Elis Regina (1947-1982) e a mãe fez backing vocal para os Beatles. Esses dois fatos já tornariam a história de Marya Bravo interessante. Mas, aos 50 anos, a artista decidiu se aventurar no The Voice Brasil. A carioca cantou Travessia, de Milton Nascimento, nas audições às cegas da décima temporada do reality e fez Carlinhos Brown e Cláudia Leitte virarem as cadeiras. "A bolha do teatro musical é muito pequena. Minha vontade era que pessoas que nunca tinham me ouvido cantar se interessassem na minha música e começassem a me ouvir. Falei com amigos que já participaram e todos me incentivaram dizendo que a experiência era extremamente positiva", explica, em entrevista ao NaTelinha.
Com grande bagagem adquirida nos espetáculos musicais, nos quais atua desde meados dos anos 2000, Marya não se assusta com a idade e valoriza os 46 anos de carreira. "Não me lembro de não cantar. Meus pais diziam que comecei a cantar antes de falar. Minha mãe gravava muito e muitas vezes me levava para o estúdio com ela. Eu ficava aprendendo tudo e cantando junto. Até que me chamaram pra gravar o jingle do Cremogema aos quatro anos e eu nunca mais parei. Gravei Balão Mágico, Trapalhões, muita coisa mesmo", conta.
A cantora é filha de Lizzie Bravo (1951-2021), que foi para Londres, na Inglaterra, na adolescência e acabou fazendo backing vocal para os Beatles. "Minha mãe ficou na porta dos estúdios e os via todos os dias. Um dia precisaram de uma voz feminina para um vocal e o Paul foi lá fora e perguntou para os fãs. Ela sempre cantou no coral da escola e se voluntariou. Ela canta na música Across the Universe. Ela e a amiga são as únicas pessoas no mundo que já cantaram em um disco dos Beatles, além deles. É uma história incrível e ela escreveu um livro maravilhoso chamado Do Rio a Abbey Road com mais de 200 fotos inéditas deles", revela, orgulhosa.
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Lizzie morreu poucos dias antes de Marya começar as gravações para o The Voice, mas a cantora do Time Brown garante que parar nunca foi uma opção. "Não pensei em desistir, até porque ela nunca iria querer isso. Sempre foi minha maior fã", diz. Zé Rodrix (1947-2009) também não teve tempo de acompanhar todas as fases da carreira da filha. O compositor, autor de Casa no Campo, música consagrada na voz de Elis Regina, morreu pouco antes da filha lançar seu primeiro disco. "Era pra ser uma surpresa pra ele. Ele assistia a todos os musicais, e vibrava muito", lembra Marya.
A cantora, que tem três discos gravados, fala com orgulho da filha Morgana, técnica do Cirque du Soleil há oito anos. "Ela já viajou o mundo com vários shows diferentes. No momento, está no Ovo. Acho que levei ela tanto para ficar comigo em coxias de teatro que entrou no sangue dessa forma", opina. Ovo é um espetáculo da companhia de entretenimento canadense, dirigido pela brasileira Deborah Colker e cuja trilha sonora explora particularidades da própria música do Brasil.
Durante uma apresentação no The Voice Brasil, Marya Bravo recebeu um vídeo de Marisa Monte desejando boa sorte. A candidata ao prêmio do reality global foi backing vocal da cantora por dois anos e rodou o Brasil com as turnês da veterana e, antes do programa começar, já pensava em fazer parte do time de Carlinhos Brown pelo convívio que tiveram nessa época. "Marisa é uma pessoa ímpar. Levei um susto com aquele vídeo dela! Não nos encontramos mais com tanta frequência, mas nos falamos de vez em quando. Ela sempre foi e continua sendo muito generosa e uma fofa", diz.
"Foi onde me descobri compositora, isso foi muito importante. Marisa e eu éramos obcecadas por tricô! A equipe inteira tinha toucas, cachecóis... Nós tricotávamos sem parar", revela, aos risos, contando ainda que um artista com quem gostaria de gravar é Chico Buarque. "Acho que desmaiaria com um convite dele", brinca.
Sobre o The Voice, Marya diz que está sendo uma experiência maravilhosa e que proporciona diversas emoções novas, mas que não gosta de criar muitas expectativas. "Estou indo com o fluxo. Minha maior vontade é que mais pessoas ouçam a minha voz e a minha música, isso é o mais importante. Quero gravar um disco autoral novo e seguir em frente", explica, revelando planos futuros. "É muito emocionante receber recados de quem nunca tinha me ouvido cantar antes. Fico muito feliz. Na rua já é mais difícil, né? Por causa da máscara", finaliza, falando sobre o carinho do público.
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