Publicado em 27/10/2021 às 10:03:25,
atualizado em 27/10/2021 às 10:24:29
Um dos maiores autores da dramaturgia, Gilberto Braga morreu na noite dessa terça-feira (26), aos 75 anos de idade. Diversos famosos foram às redes sociais lamentar a morte do colega, que sofria do Mal de Alzheimer e estava internado em um hospital do Rio de Janeiro.
Autora de sucessos como O Clone (2001-02), América (2005) e A Força do Querer (2017), Gloria Perez foi uma das amigas de Braga a lamentar. "E o Gilberto se foi... Um mestre, contador de histórias inesquecíveis, companheiro de muitas décadas de ofício...", escreveu.
Sônia Braga, que esteve em Dancin' Days (1978), não deixou passar a oportunidade de fazer uma homenagem. "Como falar de alguém que nos deu esse presente tão importante, que foi dividido com o Brasil inteiro? Gilberto foi um dos autores mais revolucionários da tevê brasileira. A sua fina ironia e a imensa capacidade de radiografar a sociedade brasileira em histórias marcantes e bem engengradas farão falta", disse.
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A atriz Camila Pitanga, que viveu a última protagonista de Gilberto Braga, em Babilônia (2015), também se pronunciou. "Minha gratidão a tudo o que vivi com você e através de você, com suas palavras, sua genialidade, sua escrita inconfundível. Como atriz e espectadora, tenho uma coleção de boas histórias e alegrias. Descanse", lamentou.
"Que notícia triste sua partida. O Brasil perde um pouco da magia de grandes personagens, vilãs icônicas e boas reflexões em frente à tv. Obrigada por fazer parte da minha história, Gilberto Braga! Descanse!", falou Paolla Oliveira.
José de Abreu foi um dos que lamentaram: "Não, mais um amigo morre! Gilberto Braga, mais um personagem da minha ABREUGRAFIA que não vai ler. Fiz dele CORPO A CORPO, ANOS DOURADOS, O PRIMO BASILIO... como te amo, gênio! Deus te receba com pompas e loas! RIP".
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Gilberto deixa um legado de mais de 20 produções na televisão brasileira. Referência na teledramaturgia, marcou seu nome nas novelas por seu estilo único. Reconhecido por abordar a sociedade carioca como ninguém em suas obras mais famosas, Gilberto começou escrevendo para a TV como roteirista do Caso Especial, entre 1972 e 1974.
Seu texto peculiar chamou atenção dos dirigentes da Globo que o escalaram para escrever Corrida do Ouro (1974), em parceria com Lauro Cesar Muniz. Sua primeira novela solo ocorreu no ano seguinte, quando estreou Senhora (1975), clássico de José de Alencar adaptado para a TV pelas mãos do novelista.
Alcançou seu primeiro grande sucesso com Escrava Isaura, primeira novela a alcançar número impressionante de exportação para o exterior. Em 1978, Dancin Days marcava a primeira experiência do escritor no horário das 8, faixa em que ele seguiu durante vários anos, com tramas que chamaram atenção do público e da crítica, como Água Viva (1980) e Corpo a Corpo (1984).
Mas foi em 1988 que Gilberto escreveu uma das novelas mais lembradas da história da teledramaturgia: Vale Tudo. Trama que trouxe personagens memoráveis como Odete Roitman (Beatriz Segal) e Maria de Fátima (Gloria Pires). Nos anos 90, assinou folhetins controversos, como O Dono do Mundo (1991) e Pátria Minha (1994), porém, nessa época, foi aclamado pela crítica por Força de um Desejo (1999), esmerada produção das 6.
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