Publicado em 09/04/2021 às 04:33:26,
atualizado em 09/04/2021 às 10:18:19
Lívia Andrade não acredita que sofrerá boicote no SBT após declarar que as filhas de Silvio Santos não gostavam dela. Após 20 anos na emissora, ela pediu para sair no final do ano passado depois de uma conversa com o apresentador. Ao NaTelinha, Lívia diz que não voltaria para o SBT para ficar à frente dos mesmos programas, mas não descarta seu retorno ao canal. Ela também revela que no início do ano foi convidada para um reality show, mas acabou não aceitando pela necessidade do isolamento e pelas mudanças repentinas em sua carreira. Andrade também conta que está em negociação para um projeto no segundo semestre na TV.
“Quase, quase, quase e foi muito quase”, diz em entrevista exclusiva quando questionada se foi convidada para entrar em algum programa de confinamento. "Não estava preparada para aquilo, não sei, mudou tudo tão rápido. Entrar num reality naquele momento, era loucura."
Na última quinta-feira (07), em entrevista ao jornalista Leo Dias, Lívia surpreendeu ao dizer que sentia que as filhas de Silvio Santos não gostavam dela. Indagada se ela sentia medo de sofrer represálias da alta cúpula da emissora, a apresentadora deixa claro que não tem qualquer preocupação em relação a isso. “Não, não tive medo. Se eu tivesse medo de alguma coisa relacionado a isso, eu jamais teria falado coisas que eu falei no Jogo dos Pontinhos, por exemplo. Tanto pro Silvio (Santos) quanto para a Patrícia (Abravanel), que jogava e participava comigo do mesmo quadro. Não acho que elas sejam esse tipo de pessoas", esclarece.
Confira a entrevista na íntegra abaixo:
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“Não, eu nunca tive medo. Se eu tivesse medo de alguma coisa relacionado a isso, eu jamais teria falado coisas que eu falei no Jogo dos Pontinhos, por exemplo. Tanto pro Silvio (Santos)quanto para a Patrícia (Abravanel), que jogava e participava comigo no mesmo quadro. Não acho que elas sejam esse tipo de pessoas. Eu dei uma opinião sobre o que eu acho, um sentimento meu, isso não quer dizer que seja uma verdade. Tô falando o que eu sinto, pelo o que eu ouvi e vivi, mas pode ser que não seja essa a verdade. Pode ser que elas gostem de mim, não estou dentro delas para saber."
“Sempre me respeitaram e o meu espaço, mas aconteceram coisas que me levaram a pensar isso. Respeito, porque a maneira de eu me posicionar sempre foi muito diferente, muita contrária, a da Patrícia. Minha opinião e minha posição sempre muito clara no Jogo dos Pontinhos. Mas isso é uma questão de experiência, de vida e de criação, e eu respeito essas diferenças. Só que, mesmo ela sendo filha do dono, eu sabendo que alguma declaração minha pudesse me prejudicar, eu não deixei de falar mesmo assim. Então não acho que eu seria prejudicada, porque eu acho que não é da índole deles fazer um boicote. Tipo: ‘Você pode não gostar de mim, mas eu nunca vou desrespeitar o seu trabalho. Eu nunca vou interferir na sua área’. Se eu fiquei tanto tempo lá, podendo falar, sendo livre pra dar a minha opinião, eu não acho que isso [boicote] aconteceria”.
Quando perguntada o motivo que ela sentia que não era adorada pelas filhas do Senor Abravanel, Lívia explica: “Alguns questionamentos, como ‘Por que você tem tantos seguidores?’, ‘Por que o auditório gosta tanto de você?’. Essas coisas de duvidar, né? E isso foi tudo público, isso tava no Jogo dos Pontinhos, isso foi para TV".
“O Silvio sempre brincou com coisas muito sérias e com momentos atuais. Ele tentava cutucar nossas feridas, pra que a gente falasse e tocasse em pontos bem polêmicos. Isso sempre aconteceu, ele não poupava nem a própria filha, fazia parte do jogo, do show. Quem tava ali sabia como era, qual era o jogo e, se tava ali, era porque queria. Se eu estava ali, era porque eu poderia suportar aquilo. Sempre lidei com isso muito bem, isso nunca foi um problema pra mim, porque eu sempre pude dar minha opinião e sempre pude falar. Nunca fui censurada e intimidada ali por alguém, seja filha do Silvio ou o próprio Silvio ou até mesmo alguém superior a mim. Por isso eu tenho um carinho tão especial pelo SBT, mesmo afrontando, falando e tendo opiniões tão contrárias eu nunca fui censurada na emissora.”
“Tenho certeza (causava ciúmes). Essa coisa sempre me prejudicou, porque as pessoas achavam que eu estava lá porque ele tinha um carinho especial por mim e não porque eu era competente ou era profissional. As pessoas tendem sempre a desmerecer, principalmente quando você é mulher. Eu sempre tive que provar que era capaz. Pra mim foi bom, porque eu tive que me puxar e mostrar que eu posso mais, provar pra mim mesma que eu conseguiria passar nos testes e ser aprovada, atendendo as expectativas dos diretores e da emissora em relação a audiência. Isso eu conseguir, graças a Deus. Deu certo”, relata.
“Na época, todo mundo noticiou desta maneira (como demissão). Eu fiquei (magoada), porque mais uma vez tiveram mais uma oportunidade para me desmerecer como mulher e profissional. Isso ficou muito forte. Por mais que você tenha provado que foi competente, com números, audiência, tempo de trabalho, responsabilidade e comprometimento, quando sai, alguém quer te desmerecer, diminuir, te colocar pra baixo. Já não basta você tomar uma decisão difícil dessa, sair de um lugar que era sua casa. Eu tenho um carinho muito especial por muita gente lá dentro, como diretores, vou levar todos no meu coração pra minha vida inteira, porque tenho muita gratidão por todos eles. E não foram eles que fizeram isso comigo. Eu sei disso e tenho essa consciência. Mas não foi legal a forma que foi feita, porque eu pedi”, desabafa.
“A Maisa (Silva), quando saiu, fez uma montagem muito bonita fazendo homenagem ao SBT. Eu queria fazer isso também, ter tido tempo de fazer isso e não me deram esse tempo. Eu pedi esse tempo. Eu estava sentada na diretoria quando eu falei sobre isso e não foi respeitado. Mal sair da reunião, estava dentro do SBT, e já estava sendo noticiado nos programas da tarde que eu fui demitida da emissora”, lamentou.
"Foi uma coisa que o Silvio me perguntou: ‘Você não está feliz? Se não tiver, não precisa fazer isso’. Ele falou que não precisava fazer aquilo (Fofocalizando/Triturando), porque ele assistia ao programa todo santo dia, interferindo no programa, e ele tava vendo a minha cara no ar. Eu não estava feliz fazendo aquilo, daquela maneira, com a audiência péssima. Não era só eu que não estava gostando, o público também não estava gostando. Não estava me sentindo bem fazendo aquilo, mesmo ganhando. E é um direito meu não querer fazer, mas como funcionária, é minha obrigação fazer. Nunca fui obrigada a fazer, sempre teve esse respeito, por isso tenho tanta gratidão ao SBT, porque não fui obrigada a fazer algo que não quisesse. Se não estava achando bom, eu tinha permissão e espaço para falar que não estava legal e discutir com o Silvio, ou com qualquer pessoa em volta”, relembra.
“Teve essa conversa, eu falei que não queria (fazer o programa) e assim foi. Não foi da maneira que acabou sendo noticiado, porque a maioria dos veículos de comunicação fez dessa maneira feia e desrespeitosa”, declara.
“Não sei te dizer. Eu acho que ninguém tem essa capacidade de puxar o tapete, apesar de que, numa situação de pandemia, onde nem todo mundo estava ali pra resolver presencialmente, porque quando você passa uma informação, talvez ela não chegue da maneira que ela foi passada. Fica aquele telefone sem fio. Não acho que houve puxada de tapete, porque se uma pessoa for mais competente que você, ela merece esse lugar, eu tenho isso comigo. Se alguém achou que puxou o meu tapete, e foi mais competente e deu mais resultado do que eu, acho válido”, analisa.
“Você sabe que, além do nosso salário, a gente ganha muito com merchan. E aí o que acontece as pessoas vão se oferecendo pra ganhar menos do que você, isso aconteceu muitas vezes. Isso já aconteceu muitas vezes e nem sei se isso é puxada de tapete. Eu entendo isso como parte do jogo. Eu não faria, mas eu sei que as pessoas acham isso normal. Eu cobrava mais caro pra fazer o merchan e outras pessoas cobravam mais barato. Teve tempo que eu fazia menos merchan, mas depois os anunciantes voltaram e resolveram pagar mais caro pra mim. Talvez porque eu dê mais resultado”, conta.
Lívia afirma que acredita que o episódio do seu comentário sobre a Igreja Universal no Fofocalizando não chegou para Silvio Santos e os líderes da instituição religiosa da maneira que aconteceu. “Não sei, mas ele não tava lá pra saber. Pode ter acontecido muita coisa”, reflete.
“Pode ter chegado coisa distorcida pra ele, porque eu sempre resolvi as coisas pessoalmente com ele. Todo mal entendido eu esclarecia pessoalmente com ele, sempre deu tudo certo. Era cara a cara, sem intermediários e com todo mundo pra comprovar. Não tinha fofoquinha, era sempre muito claro e sempre funcionou. Quando ele não tava mais lá, as coisas foram acontecendo e aí não tava legal pra mim. Pode ser que as pessoas aproveitaram esse tempo e essa ausência pra me prejudicar”, comenta.
“O episódio que eu fui advertida e suspensa, acho que sofri uma injustiça ali. Acredito que, se as coisas tivessem normal, isso tudo não teria acontecido. Mas eu sempre acho que nada na vida é por acaso e acho que tudo vem para o melhor, sempre vem algo bom depois. Não fiquei chateada ou ressentida, porque foi uma escolha minha. Não tinha porque ficar triste com isso. Eu sempre soube tudo que acontecia ali e as possíveis possibilidades. Eu não acho que isso aconteceu. Acho que alguém chegou e falou assim: ‘Olha, aconteceu isso’ e muita gente comprou essa ideia".
"Assim como aconteceu do lado lá do bispo da Record, tenho certeza que ele não assistiu. Alguém passou uma informação pra ele. Então não tem como eu ter raiva ou ficar ressentida, porque eles não tiveram culpa, assim como eu não tive. Às vezes, você tem tanta coisa pra fazer, que você escuta algo de uma pessoa de confiança, recebe o relatório e é isso é isso. Você nem tem tempo de ver e nem dá importância ou relevância, né? Quem sou eu pro cara da Record pra realmente ver o que eu falei? O que realmente aconteceu? Ele quer que se dane. Desceu a lenha em mim no programa e tudo bem”.
“Sempre foi muito claro quem eu não gostava e quem eu gostava no Fofocalizando. Pra isso não precisa ter um motivo grave ou específico. Às vezes as pessoas inventam algum motivo pra justificar isso e eu acho que a gente não precisa encontrar motivos e nem mentir pra justificar o ranço. Você pode gostar ou não gostar da pessoa. Mas temos que conviver com a pessoa mesmo assim e respeitar o espaço dela mesmo assim. A gente não é obrigado a gostar, mas temos o dever de respeitar o espaço das pessoas, não prejudicando-as. Não sai de lá com novos desafetos”, esclarece ela.
“Hoje, eu não voltaria. Eu recebi algumas propostas e acabei também entrando em algumas negociações. Pode ser que volte ou faça algum trabalho na TV no segundo semestre. Mas não tenho nada fechado. Eu não quero, dessa maneira que nada tá normal, não acho que vai voltar ao normal, acho que será algo totalmente diferente, eu preciso entender um pouco o que está acontecendo. Voltar pra onde eu estava, fazendo exatamente o que eu fazia, não quero fazer a mesma coisa. Parece que estava dando um passo para trás. A mesma coisa eu não voltaria”, comenta.
“Eu nunca planejo nada na minha vida, por isso quando alguém pede entrevista pra mim, é muito difícil falar, porque eu não consigo me planejar, eu não faço planos. Então quando eu faço pra você assim: ‘Ah, não. Eu vou sim’. Aí amanhã eu recebo uma ligação diferente, eu mudo totalmente minha ideia. A vida muda de um jeito tão rápido e toma um rumo completamente diferente, que pra mim é sempre muito difícil responder perguntas do futuro”
“Não dá pra falar que eu mudei, eu sempre fui assim. Sem fama, com fama, meia fama, sempre fui assim e não vou mudar, porque é o meu jeito, uma escolha que fiz com 13 anos de idade. Eu sei separar a pessoa física da pessoa jurídica. O trabalho é diferente da minha vida pessoal. Eu prefiro que falem mal de mim, do meu corpo, do meu rosto, porque eu escolhi ficar exposta, do que fazer pessoas que não escolheram isso e não ganham pra isso passem por isso. São pessoas que não sabem lidar com isso e podem fazer mal. A gente pode colocar nossa família em risco, sempre pensei nisso. O mundo que a gente vive é muito perigoso, eu via coisas absurdas acontecendo do meu lado. Então sempre quis proteger as pessoas que estão a minha volta”.
Lívia não deixa claro se foi convidada para o BBB, porém, admite que recebeu uma “chamada” para participar de um reality show de confinamento e esclarece o motivo de ter recusado. “Quase, quase, quase e foi muito quase, Não estava preparada para aquilo, não sei, mudou tudo tão rápido. Entrar num reality naquele momento, era loucura. Mas posso falar que teve uns quase complicados, porque tem umas questões pra mim que são bem complicadas”.
“A minha liberdade, por exemplo, é algo importante para mim. Eu sou uma pessoa muito livre. Gosto de natureza, meu espaço, sempre fui muito individualista. Dividir um quarto, com uma pessoa que eu não conheço, é algo muito estranho pra mim. Nunca fiz isso, nunca dormi com um estranho em um quarto. Eu não sei, ainda mais sendo filmada. Não é só um estranho, são vários estranhos, é uma coisa doida pra mim. E antes de entrar no programa tinha confinamento, tem um pré-confinamento e tinha que ficar um período de quarentena. De pensar nisso, eu já ficava sufocada. No programa, não seria tão problemático pra mim, porque tem mais gente, você vai conversar, vai pro quarto, pro banheiro, vai pra grama, pra piscina, interage com as pessoas. Agora o tempo da quarentena somada ao confinamento, isso pra mim pesou muito”, admite.
"Eu estou amando o Big Brother. Quem eu seria amiga? É difícil, porque aqui fora a gente vê tudo, mas eu gosto muito da Camilla, gosto da Juliette, amo o Gil, gosto do João. Acho que até da Thaís, porque eu tenho uns amigos parecidos com ela. Acho que teria uma boa convivência com essas pessoas. Até a Sarah, apesar dela ter se perdido no jogo, o perfil dela poderia fazer a gente se aproximar. Ela até falou na casa que achou que me encontraria lá pra ser minha amiga. Acho que a gente iria se dar bem. Tinha muita gente ali que dava pra ficar de boa. Eu seria um show e um desastre ao mesmo tempo, com certeza. Os primeiros acontecimentos do programa, com quarentena e confinamento, eu iria surtar fácil. Eu não iria conseguir ficar lá. Esse é o meu problema, eu tenho um negócio de justiça dentro de mim. Odeio injustiça, é a coisa que mais me incomoda, é meu ponto fraco”, pontua.
“É muito complicado falar que estou fora do SBT, porque todo domingo estou no Jogo dos Pontinhos. Até pra outros projetos, outros trabalhos, isso é muito complicado. Ao mesmo tempo que eu gosto muito, é uma coisa desatualizada, porque eu fiz 10 anos do Jogo dos Pontinhos, tem muito tempo que a gente não grava nada novo. Então tem assunto que eu não agiria da mesma maneira, não falaria a mesma coisa, porque tanto tempo passou, sabe? Então isso é muito estranho pra mim. E, para novos projetos, parece que eu ainda estou no SBT. É meio complicado”, reflete.
“Mas continuo tendo a mesma admiração pelas mesmas pessoas, acho que o SBT é uma emissora que dá oportunidade para as pessoas, porque você pode crescer lá, você tem a oportunidade de transitar por vários departamentos, podendo ser ator e depois produtor ou ser produtor e virar ator. Você pode ser apresentador e depois ir pra novela, é uma emissora que dá muita oportunidade aos artistas e respeita o ser humano. Eu falo isso da direção artística, tá? Eles tratam todos muito bem e te respeitam como pessoa. Te abraçam como membro da família, serei eternamente grata, vou levar isso pra sempre, porque tudo que eu construí foi por causa do meu trabalho e as oportunidades que o SBT me deu”, conclui.
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