Publicado em 15/12/2024 às 13:50:00,
atualizado em 15/12/2024 às 13:52:08
Desde a estreia de Garota do Momento, o público tem notado que quem vem determinando o ritmo das ações é Maristela. Uma vilã típica de folhetim e que vem sendo muito bem defendida por Lília Cabral. A experiente atriz, com currículo de causar inveja em quase todo mundo, mais uma vez mostra sua maturidade, rouba a cena e constrói uma espécie de bruxa má que escolhe o rumo de todos os personagens.
Maristela é uma antagonista tradicional. Desde o primeiro capítulo ela mudou o rumo de todos ao criar uma farsa na vida de Clarice (Carol Castro) e dar um passado diferente só para a mulher se casar com Juliano (Fabio Assunção) e não se lembrar do crime cometido pelo crush. Além disso, a malvada deu uma nova filha para a mocinha, Bia (Maisa) e deixou Beatriz (Duda Santos) sem mãe.
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Tudo isso poderia colocar a personagem no hall das grandes vilãs em termos de maldade. Com Lília Cabral, no entanto, Maristela ganha outra camada de humanidade porque a atriz a constrói como um ser humano real e que faz qualquer coisa para proteger o filho, a família e continuar com o poder.
Se as maldades dos primeiros capítulos eram do pior tipo, até mesmo para uma novela, a personagem continuou sem limites ao longo da segunda fase. Nesta semana o público descobriu que a personagem dopa a própria nora com remédios falsificados só para ela seguir sensível e sem lembrar do passado. Além disso, a vilã é viciada em jogos e não perde a chance de ficar com um novinho quando a oportunidade surge.
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Tudo isso, ao mesmo tempo em que enlouquece o próprio filho para que a empresa volte a dar lucro. Maristela é cruel, mas é inteiramente humana. Na cabeça dela, destruir a relação de Beatriz e Beto (Pedro Novais), não porque odeia a outra, mas porque quer entregar o galã de bandeja para a neta. Tudo nela tem uma razão de ser e os atos só funcionam porque Lília Cabral compreendeu essas nuances.
Atriz experiente de grandes antagonistas, como Marta, em Páginas da Vida (2005) e até Maria Marta, de Império (2013), Lília sabe construir esse tipo de personagem e a cada nova maldade brinda o telespectador com uma interpretação naturalista que humaniza Maristela a tal ponto de que não é possível simplesmente odiá-la, mas compreender seus motivos, ainda que com muita raiva.
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