Publicado em 07/03/2020 às 12:09:18,
atualizado em 26/09/2023 às 09:10:49
Perto de completar 500 capítulos, As Aventuras de Poliana tem mais de um ano pela frente, terminando somente em 2021 - e olhe lá. Só para se ter uma ideia, quando a novela estreou, Michel Temer era presidente do Brasil, a Alemanha a última campeã Mundial e o dólar ainda estava cotado a R$ 3,50, o que já achávamos extremamente alto.
Poliana é um produto bem polido e sua ida para a TV foi inegavelmente acertada. A trama, até então, era a única da safra de infantis do SBT que nunca havia ganhado adaptação para as telinhas.
As novelas anteriores como Carrossel (2012-13), Chiquititas (2013-15), Cúmplices de um Resgate (2015-16) e Carinha de Anjo (2016-18) tiveram sucesso no SBT em outros anos. Era praticamente tiro certo.
Inspirada no livro Polyanna, de 1913, Íris Abravanel teve seu maior desafio até aqui, que era o de bolar histórias para a TV sem a referência que teve em suas outras obras na casa. A última experiência parecida foi na original Revelação (2008), que não deixa saudades.
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A trama, que estreou em maio de 2018, começou nas alturas e extremamente promissora. A questão do tempo fez com que invariavelmente perdesse o fôlego.
Nas primeiras semanas, a trama chegou a bater 17 pontos e a acumular 16 de média no semanal na Grande São Paulo. Um feito e tanto. Desde o segundo semestre do ano passado, porém, Poliana tem se mantido em um dígito com frequência, algo impensável no início. Impensável em partes. O desgaste era iminente.
O que torna a história atrativa são seus ciclos. Carrossel, por exemplo, usava essa artifício com maestria. A produção mexicana, e mesmo a brasileira, apresentava diálogos objetivos com tramas ágeis e nada que tinha protagonismo se arrastava por meses.
Um fator predominantemente na versão mexicana e que fez com que caísse nas graças dos pequenos, era uma sequência de problemas da vida solucionados em questão de poucos capítulos.
Várias crianças de 2018 já estão entrando na adolescência em 2020. O interesse se perde naturalmente. A interminável Poliana ainda acaba atrapalhando os planos do próprio SBT. Afinal, as reprises em looping na faixa das 21h15 ficam comprometidas.
Cúmplices de um Resgate, atualmente em cartaz, quando terminar, deve ser substituída por Carinha de Anjo. Mas e depois? O estoque acabou.
Thiago Forato é jornalista e escreve diariamente para o NaTelinha. Assina a coluna Enfoque NT desde 2011. Converse com ele pelo e-mail thiagoforato@natelinha.com.br ou no Twitter, @tforatto
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