Publicado em 07/08/2019 às 05:28:46
Desejo de consumo da classe média na década de 90 e sonho realizado no início dos anos 2000, a televisão por assinatura se transformou em um lazer que ninguém está fazendo muita questão de manter. Mês a mês, o mercado registra retração há pelo menos cinco anos e a perspectiva não é das melhores.
A opção cada vez mais numerosa de serviços por streaming surge como um atrativo pela facilidade de contratar e também cancelar. O que facilmente substitui a velha TV paga.
Somente nos últimos 12 meses, houve uma redução de 1,23 milhão de domicílios na base de TV paga, o que representa 6,68% segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Em estudo realizado pela Amdocs em parceria com a Vason Bourne, o brasileiro estaria disposto a cancelar todos os serviços on demand se houvesse como concentrá-los em apenas um.
Para isso, no entanto, a pesquisa apontou que seria necessário um gasto mensal de R$ 402. Ademais, o pacote ideal teria que ter séries dignas de maratona (86%), eventos e shows ao vivo (74%) e jogos do seu time (70%). Os segmentos são a "trinca da perfeição".
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A realidade é outra. O consumidor parece ter acordado há tempos e se a TV por assinatura não se reinventar urgentemente, a tendência é de debandada total e uma realidade ainda mais alarmante em meados da próxima década.
Para ficarmos nas maiores operadoras, a Vivo oferece em seu pacote mais básico, 31 canais (13 abertos e 6 públicos) por R$ 84,90.
A Claro/Net tem em seu pacote mais barato o valor de R$ 69,90 com 130 canais (23 em HD) por dois meses. A Sky oferta por R$ 79,90 seu pacote mais básico com 133 canais (25 em HD). E a Oi possui 126 (27 em HD) no pacote de entrada pelo valor de R$ 64,90.
Vale lembrar, porém, que de todos esses canais, o cliente assiste a poucos, até porque vários deles são canais governamentais, de televendas e igrejas.
Se o consumidor preferir assinar somente a dupla Netflix (R$ 44,90) e Telecine (R$ 37,90), com títulos e opções a perder de vista, desembolsaria R$ 82,80.
Quem preferir mergulhar no mundo esportivo gastaria um pouco mais, mas o preço que se paga pelo número e qualidade dos canais chega a ser risível.
Essa "estratégia" foi o que fez com que as operadoras desaparecessem dos lares brasileiros. A tendência, como disse, é piorar mais. E mais. Muito mais.
Raras algumas exceções, essa é a hora, de fato, de cancelar o plano de televisão por assinatura.
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