Opinião

Marcos Mion exagera e faz do Caldeirão o programa mais chato da Globo

Apresentador não conseguiu mais prestígio na nova emissora

Marcos Mion comanda o Caldeirão desde 2021 na Globo - Foto: Reprodução/Globo
Por Sandro Nascimento

Publicado em 20/08/2023 às 08:00:00,
atualizado em 20/08/2023 às 12:48:20

Após uma saída conturbada da Record, Marcos Mion assinou com a Globo e ganhou a difícil tarefa de comandar e levar uma nova identidade para o Caldeirão, que por 21 anos foi apresentado por Luciano Huck. Em setembro de 2023, Mion completa dois anos à frente do programa, mas intriga porque ele não evoluiu como apresentador. Na tela da líder de audiência, incorporou um personagem de adolescente descolado que cansou e que lembra o tio do pavê do final de ano.

Na nova emissora, Mion não ganhou mais prestígio de quando estava liderando A Fazenda na Record e isso chama muito a atenção. Durante sua passagem pelo reality rural, seu nome era quase uma unanimidade nas redes sociais, um cenário totalmente diferente de agora. E foi justamente seu engajamento no digital que o levou à Globo.

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Um dos motivos é que no Caldeirão, Marcos Mion é over. O tom de voz, a empolgação, o choro e a alegria são exagerados e soa ao público como uma companhia não tão verdadeira nas tardes de sábado. Todos os sentimentos no palco parecem que estão indicados na tela do teleprompter. O entusiasmo de Mion por ser contratado da Globo foi um case interessante no início do seu vínculo com a emissora, mas agora parece puxa-saquismo e isso não é bom.

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Tudo isso faz parte de uma estratégia da emissora de se aproximar do público jovem, uma faixa etária que cada vez menos assiste à TV aberta. Mas no caso dele, ainda não refletiu como uma escolha assertiva.

Como produto, o Caldeirão com Mion virou um eterno déjà-vu. Quem assistiu no último sábado (19), vai assistir a mesma coisa na próxima semana. Atração enfrenta uma mesmice com quadros fixos como o Tem ou Não Tem, Sobe o Som, Mamãe, eu tô na Globo! e o roteirizado ABC do Mion.

Mesmo sendo o pior programa de auditório da Globo, o Caldeirão continua líder, mas muito pela ausência de concorrentes no horário e por fazer sala de espera para a novela das seis, horário que atinge seu pico de audiência.

Sandro Nascimento

Por outro lado, destaco um cenário aposto na mesma Globo. Nas noites de sábado, Serginho Groisman agrada tantos jovens quanto adultos e não precisa se vestir como o Sérgio Mallandro no Altas Horas e nem forçar a barra como um adolescente de um filme da Sessão da Tarde. É um exemplo de como fazer TV aberta para a massa com qualidade.

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O que acontece com Marcos Mion é um alerta para apresentadores que estão fora da Globo. Carregar o crachá da líder, neste novo momento da mídia, não é o único passo para o sucesso e prestígio na TV.  Para emplacar na Globo, Mion precisa deixar de ser ator para poder assumir sua posição de apresentador.  



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