Publicado em 15/12/2019 às 06:07:36
O jornalista Vinícius Dônola entrevistou o narrador esportivo da Globo, Luis Roberto, no quinto episódio do podcast Jornalista da TV para seu canal no YouTube. Na conversa, Luis falou sobre carreira, suas técnicas na preparação para um jogo, a expectativa para o possível confronto entre Flamengo e Liverpool, no Mundial de Clubes, e revelou que ficou tenso quando precisou substituir Galvão Bueno às pressas na final da Libertadores no Peru.
"O que me deixou fora do prumo foi o Galvão ter ficado doente.(...) Eu te confesso que, quando decolou o avião, baixou a minha imunidade geral. Eu fiquei bem tenso de substituir o cara que é uma lenda! (...) Eu fiquei mal. Eu fiquei mal. Falei: "Puxa vida. Ele podia ficar bom! Ele podia ficar bom!", contou o narrador, num trecho da entrevista que o NaTelinha teve acesso em primeira mão.
Ao Vinícius Dônola, Luis Roberto também revelou que foi ao encontro com o Galvão Bueno no hospital, no leito 3 da UTI: “Ele dormia um sono profundo... Eu fiquei uns cinco minutos ali. Passou um filme na minha cabeça. (...) – Deus podia tirar ele daqui para narrar o jogo".
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De acordo com a nota divulgada pela Globo, Galvão Bueno teve na manhã do dia 21 de novembro, um mal-estar em Lima, no Peru, onde se encontrava para narrar a final da Libertadores. "Ele foi levado para exames na clínica Anglo-Americana, no bairro de Miraflores, acompanhado por sua mulher Desirée Galvão Bueno. Foi atendido prontamente e está sendo submetido a um cateterismo para desobstrução de uma artéria coronariana",disse o comunicado.
A emissora completou: "Todos nós desejamos ao querido Galvão uma rápida recuperação. O hospital divulgará ao término do procedimento um boletim médico. A narração da final da Libertadores será feita pelo companheiro Luis Roberto".
Luís gravou o podcast Jornalista da TV no dia 09 de dezembro. Ele estava com a voz bem anasalada, com sinusite e tomando antibiótico. Na verdade, o narrador estava rouco desde o dia 27 de novembro, quando narrou Flamengo e Ceará pelo Campeonato Brasileiro.
“Quando você está com problema de voz, você perde o foco. Você passa a concentrar toda a tua energia no controle da voz. (...) Você está preocupado se a voz vai sair, se o grito de gol vai acontecer. É uma loucura isso", desabafou.
“Eu demoro para preparar um jogo.Eu demoro. (...) Como locutor folga de sábado? Locutor trabalha de sábado. Domingo é só a cereja do bolo. Domingo é o físico. O intelectual é na véspera, na semana inteira", contou Luis Roberto, que ainda revelou como estuda a escalações de times estrangeiros. “Eu faço bem grandão, uma letra grande assim, e colo no para-brisa do carro. Vou dirigindo e vou decorando. (...) Vou no mercado, na farmácia, vou olhando. (...) Porque, se você for olhar no papel na hora do jogo, não dá certo. E vôlei, então, que o cara toca na bola numa fração de segundo. Se você for olhar no papel, já acabou o ponto”, entregou o narrador. Sobre fazer ou não faculdade de jornalismo, Luís, formado por uma universidade de Santos, em São Paulo, disse: “Eu diria: - Faça! É um aprendizado, é uma escola, e mais: é uma reflexão sobre a profissão, o tempo inteiro". Questionado a respeito das dificuldades do Flamengo na estreia no Mundial de Clubes, na próxima terça-feira (17), em Doha, no Catar, Luis Roberto analisou: "O time do Al Hilal é muito bom. Foi montado pelo Jorge Jesus. (...) Tem onze bons jogadores". E opinou para Vinícius Dônola sobre a possibilidade do time carioca enfrentar o Liberpool: "O Liverpool tem um timaço. O Flamengo também tem um timaço". A entrevista completa de Luis Roberto ao podcast Jornalista da TV ficará disponível a partir desta segunda-feira (16), às 9h.
O Vinícius Dônola começou a carreira aos 17 anos na extinta TV Metrópole, afiliada a extinta Rede Manchete na cidade de Campinas. Foi repórter especial da TV Globo, onde trabalhou para os programas Globo Repórter, Jornal Nacional e Fantástico. Na Record TV, foi correspondente em Nova York, repórter especial do Jornal da Record e apresentador do Domingo Espetacular. Ao longo de sua carreira, foi contemplado com o Prêmio Tim Lopes de jornalismo investigativo, e o Prêmio Vladimir Herzog. "O podcast se propõe a fazer um debate sobre o jornalismo na TV. Eu acredito na TV e é uma transição. A produção de conteúdo ela é crescente. Cresce também a produção de lixo, como as fake news. Por isso que a gente, que faz com ética, com transparência, com conhecimento, sempre vai ter espaço.Sou um otimista nessa área. Estamos com o podcast no Spotify e também no YouTube. E do Luis ficou sensacional", comemorou o jornalista, ao NaTelinha. Vilã não morreu Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel Estreou na TV aos 7 Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web Vinícius Dônola:"Fazer um debate sobre o jornalismo na TV"
Confira o primeiro episódio do podcast Jornalista da TV com Vinícius Dônola: