Publicado em 18/10/2018 às 10:39:01
Nos últimos anos, Rodrigo Faro se afastou do status de galã de novelas para se tornar um talentoso e lucrativo apresentador da TV da nova geração. Porém, desde que migrou para os domingos da Record TV, lamentavelmente, seu programa virou refém do sensacionalismo para brigar por pontos de audiência com Eliana e Faustão.
O "Hora do Faro" passa por uma fase tão deprimente de conteúdo que chegou a ser ironizado no novo humorístico da Globo, "Choque de Cultura". "Tem o Rodrigo Faro sempre emocionadíssimo, diante da situação de infelicidade extrema do telespectador... Fico preocupado que ele tá sempre chorando. No ar-condicionado, no estúdio, mas tá sempre chorando", disse o ator Daniel Furlan, que interpreta o Renan na atração oriunda da internet.
Pouco depois, Rodrigo Faro reclamou nas redes sociais sobre a alfinetada da concorrência e insinuou que a crítica vem devido ao êxito do seu programa na grade dominical da Record TV.
Faro não gostou, mas o humorístico fez uma leitura correta. Destacar a audiência na disputa pela preferência do telespectador exibindo mundo-cão e doenças de pessoas pobres, cá entre nós, não é mérito de ninguém, aliás, nesse contexto, as lágrimas no palco fazem parecer mais um fator no roteiro da atração.
Melancólico, "Hora do Faro" se transformou em uma extensão do "Domingo Show", de Geraldo Luis. Nos últimos anos, o programa perdeu individualidade e carisma. Mas quem se importa? O lucro está grande, tudo se justifica.
Claro que os outros programas de TV, utilizando de alguns limites na forma de produzir assistencialismo, também utilizam deste tipo de conteúdo na guerra pelo Ibope, mas fica evidente que existe uma preocupação em mesclar com quadros de entretenimento. É o caso do "Quem quer ser um milionário?", do Luciano Huck, "Ding Dong" no Faustão e o "Minha Mulher que Manda" na Eliana.
Além de reclamar da Globo pela crítica, Rodrigo Faro, uma das principais estrelas da Record TV, deveria também cobrar da sua produção e da emissora a oportunidade de comandar um programa mais criativo e agradável de se assistir numa tarde de domingo. Uma produto que evidenciasse melhor seu talento como comunicador de TV. Seu potencial para isso não se coloca em discussão.
Hoje, ou Rodrigo Faro acaba com o sensacionalismo do "Hora do Faro" ou ele ficará sempre lembrando em sua biografia, que está sendo escrita, como o apresentador que faz do choro num estúdio climatizado sua principal arma pela briga na audiência dominical, tornando-se apenas uma réplica de Jacinto Figueira Júnior, o "Homem do Sapato de Branco", precursor deste tipo de programa nos anos 60.
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