Publicado em 02/10/2016 às 18:57:37
“Velho Chico” acabou na última sexta-feira (30). Com um último capítulo sensível e poético, acabou por reafirmar uma característica intrínseca do diretor artístico da trama, Luiz Fernando Carvalho: a sua capacidade em extrair o melhor dos atores.
A despeito das críticas sobre as ousadias estéticas e exageros em alguns momentos, é notável a busca incisiva do diretor por a perfeição de seus atores. Em “Velho Chico” mesmo, todo o elenco teve seu momento de brilho. Cabe até destacar, aqui o desempenho das caras jovens/caras novas: Gabriel Leone, Giulia Buscacio, Lucas Veloso, Lee Taylor e Lucy Alves.
Mesmo quem é criticado, ao longo da trama foi encontrando seu rumo. Como Antonio Fagundes, que com a “peruca da discórdia” teve reprovação na composição do Afrânio da segunda fase. Quem começou fraco, também foi bem lapidado pelo diretor, nessa busca pela perfeição. O principal exemplo disso foi a novata Yara Charry, que em suas primeiras cenas beirava o artificial, mas foi se desenvolvendo e terminando com uma atuação correta.
Quem acompanhou outras obras dirigidas por Luiz conhece bem exemplos dessa “extração do melhor”. Em “O Rei do Gado” (1996), Vera Fischer nem de longe lembrava a atriz fraca que foi se tornando.
Luiz Fernando Carvalho dirige cena com Rodrigo Santoro, que foi o Afrânio na primeira fase
Na novela “Renascer” (1993), Adriana Esteves foi criticada injustamente, com sua composição não tão bem compreendida à época - e aos olhos de hoje, não merecendo censura alguma.
Em “Meu Pedacinho de Chão” (2014), Juliana Paes, na pele da Madame Catarina, reafirmou o novo rumo na carreira que tem desde “A Favorita”, se afastando das personagens “gostosonas”.
Na mesma novela (e também em “Velho Chico”) Rodrigo Lombardi, conhecido por galãs, teve experiências diferentes como o Pedro Falcão e o capitão Ernesto Rosa. Até mesmo a ex-modelo Luiza Brunet, que muitos apontam como inexpressiva e fraca - que o diga ela vivendo a Tereza de “Anjo Mau”, onde sofreu muitas críticas - teve bom desempenho quando participou do “Correio Feminino”, quadro do “Fantástico” dirigido pelo Luiz Fernando.
Essa eterna busca pelo “melhor” dos atores é algo que, infelizmente, nem todo diretor hoje aparenta procurar. Posto isso, talvez seja a melhor contribuição de Luiz Fernando Carvalho para a televisão. Mais até do que os experimentos artísticos.
Diogo Cavalcante é formando em jornalismo. Amante de televisão e apaixonado por novelas, fala sobre o assunto desde 2013. É um dos maiores especialistas sobre Classificação Indicativa na internet.
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