O Observador: Selo de original em "Rebelde" é indireta para o próprio SBT

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Por Redação NT

Publicado em 21/08/2013 às 21:06:45

O SBT resolveu “cutucar” a Record, colocando um selo de “original” na chamada da reprise de “Rebelde”, prevista para estrear no dia 2 de setembro. Agora a pergunta: o que tem de original na decisão de reprisar uma novela desgastada, sem garantia de boa audiência, só para atender pedidos dos fãs?

Enquanto as demais emissoras tentam se reinventar, pensar no futuro e fazer diferente, o SBT rema contra a maré e insiste em reprisar novelas antigas na sua grade vespertina e, agora, noturna, em pleno horário nobre.

A situação seria engraçada, se não fosse trágica e, no mínimo, vergonhosa. Com a estreia de "O Privilégio de Amar", o SBT possui agora uma sequência de quatro novelas mexicanas seguidas na grade – "Marimar" (14h30), "Cuidado com o Anjo" (15h30), "Rubi" (16h30) e "O Privilégio de Amar" (17h30). Isso sem contar “Rebelde”, que voltará ao ar às 21h15.

A situação é tão caótica que não ficaríamos surpresos se depois de “Marimar” for anunciado “Maria do Bairro” e “Maria Mercedes”. E se, no horário das 17h, a substituta de “O Privilegio de Amar” for “A Usurpadora”.

Todo esse absurdo seria ainda maior se a reprise de “Carrossel” se confirmasse uma semana após ter terminado – mas a emissora voltou atrás, numa atitude que pareceu (e tão somente pareceu) ser a ficha caindo e revelando que não cabem brincadeiras e amadorismo na hora de se fazer televisão.

E para quem acha que os números de audiência independem do “bom senso” de quem comanda uma emissora, caiu como uma luva a notícia de que a Record começa a se afastar novamente do SBT no posto de vice-líder da TV aberta no Brasil.

Outro detalhe: apesar de trazer números satisfatórios e muitas vezes deixar a emissora na vice-liderança, essas reprises, apesar de não exigirem custos do canal, não necessariamente significam alto retorno financeiro.

A prova do que já disse algumas vezes nesse espaço: o SBT só será realmente respeitado quando se propor a se dar o respeito. Ou, pelo menos, respeitar o telespectador, que merece mais do que reprises de novelas mexicanas em pleno horário nobre.

O selo “original” na chamada de “Rebelde” não é uma indireta para a Record, é para o próprio SBT.


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