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"Pânico" chega em 2016 com cheiro de 2015 e quadros recauchutados

Antenado


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Divulgação

Perdendo várias vezes no Ibope para o "Encrenca", da RedeTV!, o "Pânico na Band" estreou sua temporada de 2016 prometendo novidades. Anunciou três novos membros durante a semana - Lucas Salles, Julio Coccielo e Fábio Rabin - e garantiu que iria investir em quadros novos.

Ou seja, havia uma expectativa de mudança, de reação. Não foi o que aconteceu, pelo menos neste primeiro programa ao vivo do ano, neste domingo (31). Praticamente não houve novidades, e as que aconteceram foram abaixo da crítica.

Mais um reality show falso com Gui Santana será produzido, os saturadíssimos quadros "Afogando o Ganso" e "Bate ou Regaça" - esse segundo, uma das coisas mais horríveis que o "Pânico" já produziu em 13 anos de história na TV - continuam no ar e repetições de pauta e piadas continuam.

A estreia de Lucas Salles, vindo do "CQC", foi numa pauta fazendo graça com o exame de próstata, algo extremamente batido até dentro do programa. Tinha graça na primeira vez que foi ao ar, em 2008. Em 2016, passa longe de ser.

Os três novos quadros de Carioca também decepcionaram. "O Passageiro" nada mais é do que uma recauchutagem de entrevistas no carro, famosas no YouTube graças ao canal Jacaré Banguela, e feitas por Luciano Huck há algum tempo. Mesmo levando um pouco mais pro lado musical, nada de novo na ideia.

O segundo é um outro reaproveitamento, dessa vez do "Teste de Fidelidade" moderno, que estava no ar até outro dia na RedeTV!. Até os micos que a modelo boazuda fez na 'vítima' eram parecidos com a atração de João Kléber. Mesmo também tentando ir para um lado diferente, mais uma vez nada de novo no quadro.

O terceiro foi a tão esperada imitação da apresentadora Bela Gil, que também não surtiu efeito em risos - além de ter ido ao ar tarde da noite, perto de 00h30. Carioca, como grande humorista que é, pode e deve apresentar mais. O "Pânico" teve, sim, pontos positivos na estreia em 2016 - poucos, mas teve.

Daniel Zukerman e Fábio Rabin funcionam bem juntos e podem render. Além disso, a matéria de festa com Amanda e Mendigata também foi legal e mostra que nesse tipo, o "Pânico" ainda é imbatível.

Por fim, a briga ao vivo entre a Gaga de Ilheus e Aline Riscado - que foi apresentada como surpresa e é a nova integrante do humorístico, apesar de isso não ter ficado muito claro no ar - foi o momento da noite que mais me fez rir. Mas sabe aquele riso amarelo? Então...

Porém, o que mais me decepcionou foi a extrema falta de novidades. Nenhum quadro realmente novo, com jeito novo, algo que o "Pânico" sempre foi capaz. Tudo que o programa tem de pior, parece que será mantido neste ano. O "Afogando o Ganso" é terrível e já não tem mais o que dar. O "Bate ou Regaça" é tosco no pior sentido da palavra. Não faz rir e ainda ofende quem assiste - qual a graça de colocar Youtubers batendo um no outro e jogando até polvo na cara?. O mais duro é notar que o programa parece realmente nada disposto a mudar o quadro.

Repetitivo, o "Pânico" de 2016 teve uma noite para esquecer. 95% das coisas não funcionaram e a edição foi uma das piores que já vi. Curiosamente, no banner de divulgação da nova temporada, o humorístico diz que se o telespectador ficasse com medo, poderia voltar para 2015. Infelizmente, quem parece que ficou com medo foi o "Pânico". 2016 chegou para eles, mas 2015 continua lá, e com o que tem de pior.

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