Benja detona Kanye West por camisa com símbolo nazista: "Todo errado"
Apresentador também desaprovou o ato de racismo contra um jogador do Palmeiras

Publicado em 09/03/2025 às 15:25
O apresentador Benjamin Back, no programa Domingol, da CNN Brasil, criticou neste domingo (9) o cantor Kanye West por vestir uma camiseta com símbolo nazista. A indignação ocorreu no momento em que ele comentava os insultos racistas que o jogador do sub-20 do Palmeiras, Luighi, sofreu em um jogo de Libertadores nesta semana.
“Os valores estão invertidos. Você vê um cantor como o Kanye West, que é um rapper, famoso e negro andando com uma [camisa com símbolo da] suástica [...] Ele sabe [o que significa o símbolo]. Ele sabe. Ele pegou oito milhões de dólares para ter uma propaganda de 30 segundos da loja dele, que vende camiseta, no SuperBowl. Aí você entrava na loja on-line e só tinha uma camiseta: com símbolo da suástica”, desabafou.
“Alguém precisa avisar o Kanye West que, se ele vivesse naquela época, não iria sobreviver. O mundo está todo errado”, acrescentou.
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O músico, que foi criticado ao redor do mundo, já se defendeu. “Ninguém parece querer produzir minha camiseta ousada. Lembro de ir ao Japão e ficar chocado ao ver o que é conhecido como a suástica em roupas. Parecia até ilegal olhar para aquilo. Foi assim que fui doutrinado. Depois, descobri que a suástica tem muitos significados e nomes diferentes.Tive a ideia da minha camiseta com suástica há mais de 8 anos. Era tão intrigante para mim que um símbolo tivesse tanta possibilidade dentro dele”, declarou em 18 de fevereiro em postagem feita no seu perfil do X.
Caso de racismo
Benja também detonou o caso de racismo sofrido por Luighi no jogo entre Cerro Porteño e Palmeiras no Paraguai. O apresentador desaprovou a punição da Conmebol, que aplicou multa de cinquenta mil dólares ao clube paraguaio e jogos com portões fechados.
“A Conmebol não quer resolver e nem o clube. Uma vez, lá na Inglaterra, cinco torcedores fizeram saudação nazista no jogo do Chelsea. Na época, o dono era o russo Roman Abramovich, que era judeu, ele deu duas opções: ‘Vocês estão banidos do estádio, nunca mais entram aqui ou vou levar vocês para conhecer Auschwitz, o campo de concentração. Os caras aceitaram conhecer e ele levou”, detonou.
“O Cerro tem que pegar um cara desse, que imita um macaco com uma criança no colo, e tomar uma atitude também. A Conmebol não vai tomar atitude, mas o clube pode”, concluiu.
O Cerro enviou carta ao Palmeiras se desculpando com o episódio e prometeu banir o torcedor racista do estádio.