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Repórter da Record foi monitorado pela "Abin paralela"; saiba quem é

Diversas pessoas teriam sido espionadas durante o governo Bolsonaro


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Jornalista da Record foi espionado - Reprodução
Por Redação NT

Publicado em 23/02/2024 às 17:49,
atualizado em 23/02/2024 às 17:54

O repórter Afonso Mônaco, da Record, foi um dos jornalistas que teve seu aparelho de telefone como alvo de consultas da chamada "Abin paralela". O comunicador está na lista de pessoas espionadas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), segundo dados registrados no sistema israelense FirstMile, usado pelo órgão entre 2019 e 2021 para vigiar a localização de pessoas por meio da conexão do celular.

De acordo com o jornal O Globo, na gestão anterior, políticos, assessores parlamentares, ambientalistas e caminhoneiros estiveram na mira de monitoramento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

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Além do funcionário da Record, outros profissionais da imprensa tiveram seus nomes revelados nas investigações, que identificaram consultas realizadas em celulares de Leandro Demori, monitorado no âmbito da divulgação das mensagens pelo perfil Pavão Misterioso, e o consultor de comunicação Pedro César Batista, ativista pró-Palestina.

O Pavão Misterioso causou burburinho nas redes sociais entre junho e julho de 2019, quando a conta anônima no X/Twitter divulgou insinuações falsas sobre políticos de esquerda. Um exemplo foi o do ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), alvo de boatos envolvendo venda de mandato, o que nunca ficou comprovado.

Na época, as postagens do perfil foram insufladas pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do então presidente da República. "Vem mais pavão misterioso por aí?", ironizou ele.

O que é a Abin paralela que espionou repórter da Record?

Afonso Mônaco com roupa cinza e óculos, com expressão assustada
O repórter da Record Afonso Mônaco - Reprodução

De acordo com as investigações, a chamada "Abin paralela" seria uma estrutura de inteligência montada na Agência Brasileira de Inteligência durante o governo de Jair Bolsonaro, com o objetivo de monitorar adversários políticos e oferecer informações de carater sigiloso para integrantes do grupo.

No fim de janeiro, em conversa com apoiadores, o ex-presidente negou ter recebido informações de inteligência de órgãos de Estado e disse que as investigações não têm nada para encontrar.

"A minha inteligência nunca foi a Abin [Agência Brasileira de Informação], Polícia Federal, Exército Brasileiro, Marinha ou Aeronáutica. Você não tem informações de lá, sonegam informações para você", alegou ele, conforme bolsonaristas divulgaram nas redes sociais.

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