Em editorial, Jovem Pan diz que não fez apologia ao estupro em reportagem
Emissora se pronunciou nesta quarta-feira (13) após protestos de mulheres
Publicado em 13/07/2022 às 21:03,
atualizado em 13/07/2022 às 22:29
Nesta quarta-feira (13), a Jovem Pan se defendeu por meio de um editorial após ter sido acusada de apologia ao estupro. A emissora foi criticada pelo público após ter exibido nesta segunda-feira (11) parte do vídeo em que o anestesista Giovanni Quintela Bezerra estupra uma paciente durante seu parto em uma reportagem. O especialista acabou preso no mesmo dia.
O texto foi lido pela âncora Kallyna Sabino durante a edição do Jornal da Jovem Pan. "As imagens, que foram também exibidas por outros veículos de imprensa, mostram o abusador próximo à vítima, que em momento nenhum é identificada, ao contrário do que foi noticiado por alguns portais de notícias", disse, parte do comunicado.
A emissora também falou sobre as acusações de que teria feito apologia ao estupro e a violência da mulher. Na tarde nesta quarta, inclusive, um grupo de mulheres protestou na porta da Jovem Pan. " As alegações [...] não têm o menor fundamento, são frutos de ilações sem qualquer propósito", pontuou.
'Cuidados necessários'
A Jovem Pan também alegou que tomou o cuidado antes de divulgar o registro criminoso. " Tomamos os cuidados necessários para exercer o trabalho de informar e preservar os direitos da vítima, como é praxe em situações como essa".
A Jovem Pan galgou seu elevado grau de credibilidade como consequência do irrestrito respeito à ética e aos valores sociais, morais e do respeito às boas práticas do jornalismo. Reiteramos repudiamos com veemência o ato criminoso e confia que as autoridades cumprirão com o dever de investigar e punir o responsável pelas atrocidades denunciadas, garantindo assim que as vítimas consigam o devido reparo na justiça.
Por fim, a empresa informou que irá processar todos os veículos de comunicação que o acusaram de fazer apologia ao estupro com o episódio: "Sobre as afirmações mentirosas dos portais de notícias, nossa resposta será a via judicial", terminou o texto.