Esclarecimento

Dono da Rede Brasil é obrigado a depor na CPI da Covid e pode sofrer condução coercitiva

Marcos Tolentino já faltou no dia que tinha que prestar esclarecimentos para comissão


Marcos Tolentino, dono da Rede Brasil
Marcos Tolentino terá que ir ao Senado - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Por Redação NT

Publicado em 13/09/2021 às 15:25,
atualizado em 13/09/2021 às 15:27

Marcos Tolentino, dono da Rede Brasil, terá que prestar depoimento na CPI da Covid nesta terça-feira (14), a partir das 9h30. A Justiça Federal de Brasília permitiu que possa ter condução coercitiva caso o empresário não queira ir ao Senado novamente. Ele também pode receber multa se não comparecer.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, o magistrado responsável pela decisão judicial destacou que Tolentino tem um habeas corpus que autoriza que ele fique em silêncio no depoimento. Porém, ele precisa comparecer. Caso não vá, pode ser acusado de desobediência.

O dono da Rede Brasil era esperado para prestar esclarecimentos no dia 1° de setembro. Porém, cancelou sua participação com a alegação que passou mal e precisou ser internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

Para comprovar seu mal-estar, os advogados de Tolentino enviaram cópias das passagens aéreas e os documentos do hospital para comprovar a condição de saúde dele. Ele é apontado por alguns senadores como sócio oculto do Fib Bank, empresa que participou como garantidor em parte das negociações da vacina Covaxin com o Ministério da Saúde.

Dono da Rede Brasil e a investigação

Segundo a investigação da comissão, o Fib Bank se colocou como garantidor em parte dos acordos da vacina Covaxin com o governo Bolsonaro. A empresa Bharat Biotech tinha como representante no Brasil a Precisa Medicamentos. É toda essa operação que a CPI tenta desvendar.

Tolentino é muito amigo do líder do governo no Congresso, Ricardo Barros. O FIB Bank tem sido acusado de ser “um banco que não é banco”. A Precisa Medicamentos depositou na conta da empresa R$ 350 mil antecipados nos negócios fraudulentos da dose indiana.

A construtora GCI abriu um processo contra a empresa e aponta Tolentino como “articulador tarimbado e profissional de uma série de fraudes e golpes com a finalidade de lesar terceiros de boa fé em benefício próprio”.

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