Problemas na Justiça

Ativista LGBTI+ processa Sikêra Jr por associar classe às drogas e intolerância religiosa

Sikêra Jr será processado mais uma vez por ativista


Sikêra Jr. e Agripino
Sikêra Jr é processado pelo ativista e suplente de deputado estadual - Foto: Divulgação/RedeTV!/Reprodução/Instagram

O ativista LGBTI+ Agripino Magalhães, que também é suplente de deputado estadual em São Paulo pelo PSB, vai processar o apresentador Sikêra Jr e quer cassar a concessão da RedeTV!. Segundo Magalhães, o profissional teria associado a população LGBTI+ às drogas e intolerância religiosa durante o Alerta Nacional dessa quarta-feira (5).

Na ocasião, Sikêra mostrou jovens atacando uma igreja e destruindo obras religiosas, quando imaginou caso "o contrário acontecesse". "Imaginem se fosse uma bandeira do orgulho gay e eu rasgasse ela? Alguém rasgasse? Ave maria! A hashtag tava comendo o fígado de quem fizesse isso. Já aparecia os líderes... Tem um 'cabra' safado lá em São Paulo, que é suplente de 'baitola', de ventão... Vai dar teu 'caneco pra lá'. Isso é coisa de vagabundo, giletão. É por isso esse mundo está na merda", reclamou ele ao vivo.

Agripino avisou que isso é crime de racismo por homofobia. "Denunciarei ao MP [Ministério Público] estadual. Vou pedir ao MPF [Ministério Público Federal] para retirar a concessão pública da TV. Vou pedir tempo na TV para ir falar a verdade. Vou pedir indenização por danos morais", garante ele.

Procurada, a RedeTV! não se manifestou até a publicação da reportagem. O espaço está aberto.

Ativista já processa Sikêra Jr

Desde setembro do ano passado, ele já processa o apresentador da RedeTV!. O processo ocorre na Comarca de Osasco, em São Paulo. No pedido de apuração e abertura de inquérito, ele afirma que os fatos são sérios e Sikêra tenta associar drogas e substâncias entorpecentes, discurso de ódio e transfobia em face dos LGBTI+, com intuito de ganhar audiência.

"A RedeTV!, através de seu representante legal deveria fiscalizar seus programas para impedir que maus apresentadores, para ganhar audiência, além de escrachar os LGBTI+ ainda colocar em risco a vida dos mesmos, pois já temos inúmeros mortos", diz uma passagem do pedido.

Ele destaca que uma das matérias de Sikêra teria ocorrido em 18 de junho, e outra em 23 de setembro, bem como nos meses de julho, agosto e setembro. Para o ativista, o Alerta Nacional é um programa duvidoso e temerário. "Se estranha porque até hoje nada foi feito", reclama ele, que exige que a RedeTV! seja responsabilizada por crises homofóbicos.

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