Mineira

Repórter da Globo comemora por poder trabalhar de tranças: "Afirmação"

Para Tábata Poline, cabelo afro não é mera questão de estética


Tábata Poline, repórter da Globo Minas, trabalha de tranças e comemora fato em rede social
"Seguimos rumo ao topo", escreveu Tábata Poline, no Twitter - Foto: Reprodução/Globo

A repórter Tábata Poline, da Globo Minas, comemorou em rede social a oportunidade de trabalhar em frente às câmeras com o cabelo trançado. Segundo a jornalista, que esteve no ar na edição de sábado (17) do telejornal local MG1, não se trata apenas de uma questão de estética, mas de valorização da identidade negra.

"Usar tranças em jornal aberto não é questão de estética. É afirmação da nossa identidade, da nossa luta. Hoje, fiz isso. Gratidão às que vieram antes abrindo caminho. E que eu seja ponte para as que estão por vir. Seguimos rumo ao topo", escreveu Tábata Poline em seu perfil no Twitter, utilizando ainda o emoji de um punho negro fechado, símbolo de resistência.

Na reportagem, a jornalista mostrava os efeitos da chuva no bairro Cabana do Pai Tomás, localizado na Região Oeste de Belo Horizonte. Parte de duas casas desabaram depois de tempestade, mas, apesar do susto e dos prejuízos, não houve feridos. Tábata também entrevistou moradores do local.

Confira a publicação de Tábata Poline:

 

No Twitter, Tábata Poline se define como "mulher preta, feminista, tipo uma metamorfose ambulante"

Em seu perfil no Twitter, a repórter se define como "Mulher preta, feminista, tipo uma metamorfose ambulante". Além da atuação no MG1, ela é repórter e produtora do Rolê nas Gerais, jornalístico de variedades também exibido pela Globo Minas, com foco na cultura das periferias e aglomerados da região metropolitana.

Uma das apresentadoras fixas do MG1, exibido no início da tarde, é Aline Aguiar, também negra. Atualmente afastada da bancada do telejornal por ter contraído coronavírus, ela se emocionou em novembro do ano passado em reportagem sobre o Dia da Consciência Negra no Globo Esporte local.

"Eu queria trabalhar com esporte, mas eu sou mulher. Sou mulher e negra. Por ser mulher, já sofria preconceito, 'não sabe de futebol'. Por ser mulher e negra, a minha imagem não era a imagem esperada para estar nesse meio. Hoje, estar aqui, neste dia simbólico, é muito importante. É para falar que podemos ocupar todos os lugares", disse Aline, na ocasião. Relembre:

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