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Boris Casoy estreia na Gazeta e relembra saída do SBT: "O Silvio tentou me segurar"

Jornalista saiu do SBT em 1997; ele fala sobre a relação de Silvio com o jornalismo


Boris Casoy apresentando o Jornal do Boris no YouTube
Boris Casoy agora também mantém canal na internet - Reprodução/YouTube

Cerca de dois meses depois de sair da RedeTV!, Boris Casoy vai estrear um novo jornal na televisão. Desta vez na Gazeta, ele apresentará o Jornal do Boris de segunda a sexta, a partir das 08h45. O experiente jornalista relata a o NaTelinha que a negociação foi conduzida por Sidney Oliveira, empresário dono da Ultraforma. "Sou contratado dele. Mas meu foco principal continua sendo a internet", diz ele, que agora tem um canal no YouTube.

A internet, aliás, não é um bicho de sete cabeças para Boris. "Tenho amigos me ajudando. Domino apenas o trivial, não a transmissão via internet. Mas estou aprendendo o suficiente, que não é tão simples como eu imaginava, mas não também não precisa ser nenhum Einstein para entender", brinca.

O jornalista considera que está de "férias" desde março, quando a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) assolou o mundo. "Apenas estava gravando um comentário por dia para a RedeTV!. Pouco antes de sair do rompimento do meu contrato com a RedeTV!, estava começando a preparar o Jornal do Boris, fato que havia comunicado à direção da emissora. O meu contrato explicitamente permitia fazer internet", frisa.

O papel do âncora e passagem pelo SBT

Para o veterano, existem âncoras e âncoras, e isso passa pela autonomia de quem apresenta. "Acho que o jornalismo em geral sofre com a crise econômica, as limitações impostas pela pandemia e em alguns casos, com as relações conturbadas com o poder. A TV não escapa disso", lamenta.

Boris Casoy enxerga uma mudança forte na tecnologia da TV e internet e analisa que o TJ Brasil (1988-1997) se caracterizou pela opinião, que hoje já é mais corriqueira. "Meus comentários no TJ Brasil foram uma novidade", orgulha-se.

Sua saída do SBT, aliás, foi tranquila segundo ele. "Recebi uma proposta irrecusável da Record. O Silvio Santos tentou me segurar, mas eu já tinha assinado contrato. Essa coisa da relação do Silvio com o jornalismo é antiga. Não é verdade, na minha opinião, que ele não goste do jornalismo", opina.

"Ele muda de ideia constantemente, trabalha com tentativas e está sempre a procura de uma fórmula diferente, o que no bom jornalismo é muito difícil, pra não dizer impossível", avalia.

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