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Diretor da Record provoca a Globo: "O monopólio é cancerígeno"

Thomaz Naves, diretor comercial e de marketing da Record Rio, concedeu entrevista exclusiva ao NaTelinha


Logos da Globo e Record com fundo e fogo e versus
Foto/montagem: NaTelinha

Diretor comercial e de marketing da Record Rio, Thomaz Naves provoca a Globo dizendo que é uma bobagem classificar como inovação o fato da emissora passar a comercializar inserções comerciais de 10 e 15 segundos na grade. 

"Isso é se adequar a uma pressão de mercado que está acontecendo por parte dos anunciantes, que não nos afeta, porque  a gente vende 10 segundos e já vendemos até 5 segundos.  Então, eles não deixavam entrar 10 segundos 15 no ‘Jornal Nacional’. Na minha opinião, uma bobagem do tamanho do bonde. Como outras que eles fazem", analisa o diretor em entrevista exclusiva ao NaTelinha.

E completa: "Acho que cada um gera seu negócio da maneira que quer. Longe de mim querer dar palpite no negócio deles. Mas assim, zero inovação, zero modernidade, zero sei lá o que. É se adequar aos problemas que eles mesmo criaram", explica Thomaz Naves.

Aumentando o tom contra a emissora concorrente, o executivo da Record no Rio afirma que o monopólio de qualquer empresa é algo cancerígeno para o mercado.

Diretor da Record provoca a Globo: \"O monopólio é cancerígeno\"

"No Rio de Janeiro, invariavelmente, (a Record) alcança 9 pontos de média-dia e eles (Globo) com 17 e 18. Ou seja, hoje a gente já é 50% do tamanho da concorrente, que é um fato inédito. A gente continua com nosso trabalho, acreditando no que fazemos. Investindo e contratando gente. O mercado tem que entender que o monopólio é cancerígeno. Não é bom pra nenhum segmento na história de um pais", cutuca.

Comemorando o fato de ter batido a meta do quadrimestre, e com previsão de crescimento anual de 8% no faturamento da Record no Rio, Naves acredita que futuro da TV é a regionalização, e justifica: "uma grade regional poderosa conseguimos a liderança, como a conseguimos quase todos os dias no Rio".

Confira a entrevista completa:

Futuro da televisão

Eu acredito muito na importância da grade da programação local. Aonde a gente tem força que são os mercados que estamos incomodando muito eles, que é Salvador, Belo Horizonte, Goiânia, São Paulo e Vitória, somos uma força regional muito grande. No caso do Rio de Janeiro, talvez sejamos a sexta praça nessa sequência. E quando temos uma grade regional poderosa conseguimos a liderança, como a conseguimos quase todos os dias no Rio.

Regionalização

Acho que essa janela que a gente construiu com o início do “Balanço Geral”, porque foi o Rio foi um dos primeiros, na época com o Wagner Montes, mostrou que a população ânsia por saber de coisas do seu micro ambiente. O carioca que saber do Rio.  A televisão caminha para essa regionalização, de alguma maneira, meio contrária a concorrente que sempre quis blindar a grade nacional.

Monopólio

Acho que estamos no caminho certo e os números demonstram isso. Nossa audiência cresce absurdamente. No Rio de Janeiro, invariavelmente, (a Record) alcança 9 pontos de média dia e eles (Globo) com 17 e 18. Ou seja, hoje a gente já é 50% do tamanho da concorrente, que é um fato inédito. A gente continua com nosso trabalho, acreditando no que fazemos. Investindo e contratando gente. O mercado tem que entender que o monopólio é cancerígeno. Não é bom pra nenhum segmento na história de um pais.

Comerciais de 10 e 15 segundos na Globo

A concorrência tem a mania de falar que tudo é inovação, que tudo ela inova. Isso é uma bobagem porque a gente já faz isso há 10 anos. A imprensa precisa ficar atenta a  essas coisas. Inovação? Aquilo na verdade é o seguinte: eles têm uma camisa de força muito grande, que o mercado todo sabe, fui anunciante a vida inteira, então, fui comprador de mídia na concorrente. Eles não deixavam isso, não deixavam aquilo, não pode aquilo, não pode aquilo outro... E agora tá podendo um monte de coisa.

Zero inovação

Isso não é inovação, isso é se adequar a uma pressão de mercado que está acontecendo por parte dos anunciantes, que não nos afeta, porque que a gente vende 10 segundos, já vendemos até 5 segundos. Então eles não deixavam entrar 10 segundos, 15 no "Jornal Nacional". Na minha opinião, uma bobagem do tamanho do bonde. Como outras que eles fazem.  Acho que cada um gera seu negócio da maneira que quer. Longe de mim querer dar palpite no negócio deles. Mas assim, zero inovação, zero modernidade, zero sei lá o que. É se adequar aos problemas que eles mesmo criaram.

Globo cobra o que não vale

Não estamos com um fluxo de anunciante inativo. Nós temos uma política comercial que talvez seja o diferencial que nós temos em relação ao nosso concorrente. No momento que o mercado, de repente, sofre um pouco, quem tem o sarrafo de preço muito alto, que o caso da concorrente (Globo), deve tá sofrendo muito. Porque as vezes cobra o que não vale ou que cobra o que o anunciante não pode pagar.

Meta de faturamento batida

No nosso caso estamos numa curva inversa. Pra você ter ideia nós batemos a cota do quadrimestre no Rio de Janeiro, onde eu atuo. Num ano apertado, todas as leituras que a gente vem tendo a economia ainda não se conectou, não cresceu, e a gente bateu a cota no quadrimestre com a perspectiva de bater a meta do ano. Que é o crescimento de 8% sobre o ano anterior. Não dá pra reclamar. Se a economia melhorar nós vamos surfar nessa onda. A nossa flexibilidade comercial, de alguma maneira, ajuda nesse momento de ajuste de mercado. Não estamos com esse problema, graças a Deus.

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