Cobra choca cientistas ao expelir veneno capaz de matar 400 homens
Cobra quebrou o recorde
Publicado em 18/07/2024 às 21:15
Uma cobra taipan-costeira, conhecida cientificamente como Oxyuranus scutellatus, quebrou recentemente o recorde mundial de produção de veneno em uma única mordida. O Australian Reptile Park, na Austrália, relatou que Cyclone, um exemplar dessa espécie, ejetou impressionantes 5,2 gramas de peçonha de uma vez. Esse volume é mais de três vezes a média normal para uma taipan-costeira e suficiente para matar cerca de 400 seres humanos.
Nativas das regiões costeiras do norte e leste da Austrália, as taipans-costeiras podem crescer até 2 metros de comprimento. Com cabeças retangulares, focinhos claros e grandes olhos castanho-alaranjados, esses répteis variam de coloração do amarelo ao marrom-avermelhado, marrom escuro e até quase preto.
+ Mudanças Climáticas: Cidade dos EUA tem neve em pleno verão
+ Viagra eletrônico promete revolucionar disfunção erétil
“As taipans-costeiras são mundialmente conhecidas por sua agressividade e letalidade”, afirma Billy Collett, gerente de operações do Australian Reptile Park. Em um comunicado ao site Live Science, Collett destacou que Cyclone é uma das cobras mais perigosas do parque devido à sua imprevisibilidade. Anteriormente, Whiplash, outra taipan-costeira cuidada pela equipe de Collett, detinha o recorde de veneno, com 4,9 gramas ejetadas em 2022.
O Australian Reptile Park é a única instalação na Austrália que "ordenha" taipans para produzir antídoto contra suas picadas. O parque também cria outras espécies venenosas, como cobras marrons (Pseudonaja textilis), cobras-tigre (Notechis scutatus), víboras-da-morte (Acanthophis sp) e cobras-pretas (Pseudechis sp). Ordenhar cobras é uma tarefa arriscada que requer habilidade e precisão para extrair o veneno de maneira segura.
“A contribuição recorde de veneno de Cyclone não será em vão e deve ajudar a salvar vidas”, explica Collett.
A Austrália registra cerca de 3 mil picadas de cobra anualmente, resultando em aproximadamente 500 internações hospitalares e uma média de 2 mortes.