Professora é agredida por distribuir comida a moradores de rua em SP
Professora denunciou as agressões após a polêmica da PL da Fome
Publicado em 10/07/2024 às 17:46,
atualizado em 10/07/2024 às 17:46
Um caso de agressão contra uma professora enquanto realizava trabalho voluntário está gerando grande repercussão em São Paulo. A educadora foi atacada pela síndica de um condomínio ao tentar entregar refeições para pessoas em situação de rua, uma atividade que realiza há sete anos.
A agressão ocorreu em meio a uma discussão com a síndica e outros moradores do condomínio, que alegaram que uma nova lei proíbe a entrega de marmitas na capital paulista. No entanto, o projeto de lei em questão, proposto pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), conhecido como “PL da Fome”, está suspenso desde junho.
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O PL da Fome propunha multas de até R$ 17 mil para quem doasse roupas e alimentos à população de rua sem autorização prévia da prefeitura. A proposta enfrentou forte oposição e críticas da sociedade, com direito a uma série de protestos não apenas em São Paulo, mas em todo o país. A repercussão negativa gerou mal estar, com direito até a colegas retirando o apoio, o que levou ao seu arquivamento temporário.
A professora, que já registrou boletim de ocorrência por injúria e lesão corporal, passou por exame de corpo de delito e planeja processar a agressora. Em entrevista ao SBT, ela expressou seu abalo emocional, mas reafirmou seu compromisso com o trabalho voluntário. “Estou abalada, mas vou continuar ajudando quem precisa. Esse incidente não vai me deter,” declarou a professora.
O caso ganhou grande visibilidade nas redes sociais, com muitos usuários expressando apoio à professora e criticando a ação da síndica e dos moradores envolvidos. A situação tem sido vista com preocupação por autoridades, já que, só em São Paulo, são milhares de pessoas em situação de rua e que necessitam de ajuda para se alimentar.