Salvação

BBB 23 terá missão de livrar Globo do fracasso de Travessia

Antigamente, era a novela que impulsionava o reality show; tática mudou nos últimos anos


Tadeu Schmidt no BBB 23 e Lucy Alves em Travessia
Tadeu Schmidt no BBB 23 e Lucy Alves em Travessia: dobradinha pode mudar - ou não - cenário de fracasso no horário nobre da Globo - Fotos: Reprodução

O BBB 23 estreou nessa segunda-feira (16) com a missão de salvar o horário nobre da Globo. Desde outubro do ano passado, a emissora enfrenta o fracasso de Travessia, que acumula, até o momento, uma das menores médias de audiência da faixa, sem dar sinais de recuperação.

De acordo com os dados do Kantar Ibope, Travessia tem uma média de 23,1 pontos na Grande São Paulo. Só ganha de Um Lugar ao Sol (2021), que fechou com 22,3. Exibida entre as duas tramas pouco populares, Pantanal (2022) fez 29,6 no ano passado, representando um oásis no principal horário da Globo.

Os índices da trama rural, quase sempre acima dos 30 e com picos de 35, dão uma noção do fracasso constatado atualmente. Desde o fim do ano, quando os números da TV caem por conta de férias, Natal e Réveillon, a novela mostrou pouca reação. A melhor marca, de 26 pontos, ainda é a do primeiro capítulo, que foi ao ar em 10 de outubro de 2022.

Em janeiro do ano passado, a estreia do BBB 22 pouco mudou os números de Um Lugar ao Sol. Ao contrário, fez a história protagonizada por Cauã Reymond passar vergonha, tendo mais público que ela quase diariamente. A média de público, inclusive, foi maior: se Um Lugar ao Sol deu 22,3, a última edição do BBB fez 22,9 – e, diga-se de passagem, foi bem morna, sem tantos conflitos entre os participantes.

Campeões de popularidade, o BBB 20 e o BBB 21 fizeram bonito, mas pegaram carona nas novelas. O primeiro, exibido no auge da pandemia, pegou o fim da primeira fase de Amor de Mãe (2020) e a reprise improvisada do sucesso Fina Estampa (2011). Já a temporada de 2021 dividiu a grade com as reprises de A Força do Querer (2017) e Império (2014), além da fase final de Amor de Mãe – todas mais bem sucedidas que Um Lugar ao Sol e Travessia.

BBB e Senhora do Destino: sucessos em 2005
BBB e Senhora do Destino: fenômenos de audiência entre janeiro e março de 2005 - Fotos: Divulgação/Globo

Tradicionalmente, o BBB precisa que a novela das 21h vá bem para que também apresente uma boa audiência. Não à toa, a edição de maior audiência da história do programa foi ao ar em 2005 – com Jean Wyllys e Grazi Massafera –, dividindo a grade com a reta final de Senhora do Destino (2004), o maior êxito da Globo no Ibope nos anos 2000.

É o jogo que precisa ser impulsionado pela trama, principal produto da programação. O que se nota, desde o ano passado, é exatamente o contrário: com um folhetim com baixa audiência no ar, a casa mais vigiada do país tende a representar uma última tentativa de salvação.

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