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Bolsonaro movimentou mais de R$ 30 milhões em um ano, diz PF

Polícia Federal apontou estranha movimentação financeira de Bolsonaro


Bolsonaro em foto
Bolsonaro movimentou R$ 30 milhões - Foto: Reprodução/Internet

Entre março de 2023 e fevereiro de 2024, o ex-presidente Jair Bolsonaro movimentou R$ 30,5 milhões em suas contas bancárias, conforme relatório da Polícia Federal (PF) baseado em dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Esse montante corresponde a R$ 30.576.801,36 em créditos e R$ 30.595.430,71 em débitos.

A análise da PF considerou essas movimentações como atípicas e indicativas de possíveis práticas de lavagem de dinheiro e outros ilícitos. No total, foram identificadas cerca de 50 movimentações atípicas relacionadas a Bolsonaro, seus familiares e pessoas próximas, incluindo o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

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A maior parte das receitas de Bolsonaro veio de doações feitas via Pix, totalizando aproximadamente R$ 19 milhões, além de contribuições do Partido Liberal (PL), do qual Bolsonaro é presidente de honra. Entre os principais gastos, estão pagamentos a escritórios de advocacia, que totalizaram R$ 6,6 milhões.

Além disso, entre dezembro de 2024 e junho de 2025, a Polícia Federal identificou movimentações financeiras adicionais que somam R$ 22 milhões. Destacam-se transferências de R$ 2,1 milhões para Eduardo Bolsonaro, usadas para custear sua estadia nos Estados Unidos, assim como R$ 2 milhões para Michelle Bolsonaro. Essas movimentações foram incluídas na investigação sobre a obstrução de julgamento de processos judiciais ligados ao ex-presidente.

O relatório da PF também aponta outras operações financeiras atípicas envolvendo os filhos Eduardo e Carlos Bolsonaro, assim como a ex-primeira-dama. Carlos Bolsonaro recebeu R$ 4,8 milhões no período analisado, incluindo um pagamento de R$ 700 mil relacionado à venda de um apartamento.

O ex-presidente e seu filho Eduardo foram indiciados pela Polícia Federal pelos crimes de coação no curso do processo e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, ambos relacionados às investigações sobre o caso do golpe de Estado.

Até o momento, a defesa de Jair Bolsonaro não se manifestou oficialmente sobre o relatório da Polícia Federal.

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