Governo Lula abre Forças Armadas e permitirá alistamento de mulheres
Abertura é o primeiro passo para Lula diminuir o poder masculino nas Forças Armadas
Publicado em 03/06/2024 às 20:30
O Ministério da Defesa anunciou uma decisão histórica: a partir de 2025, as mulheres poderão se alistar nas Forças Armadas do Brasil. Essa mudança representa um marco significativo na igualdade de gênero e no acesso das mulheres a oportunidades militares. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (03), após decisão do governo Lula (PT) para tentar diminuir a visão masculina dentro dos quartéis.
Até então, as mulheres estavam isentas do serviço militar obrigatório e apenas os homens, quando completavam 18 anos eram obrigados a realizar o alistamento, sendo quase todos liberados e indo para a reserva, passando a ter o documento conhecido como reservista.
+ Vereador é flagrado com revelação bombástica de salário: "Com roubo, com tudo"
+ Moraes se declara suspeito, mas mantém prisão de acusados de ameaçá-lo
No entanto, com a nova medida, elas terão a opção de se alistar voluntariamente. Os comandantes militares chegaram a um consenso sobre essa importante mudança, que afetará o Exército, a Marinha e a Força Aérea Brasileira (FAB). Não há nenhuma informação se o alistamento feminino será obrigatório a partir de alguma data, uma vez que, neste momento, a indicação é de voluntariado.
Para receber as mulheres que se alistarem, estão sendo planejadas construções de estruturas adequadas nas Forças Armadas. Além disso, há interesse em promover uma campanha para incentivar o ingresso feminino no serviço militar e mudar a imagem do grupo.
O ministro da Defesa, José Múcio, defende que o crescimento do efetivo feminino seja gradativo. Inicialmente, espera-se que 20% das vagas totais sejam reservadas para as mulheres. Atualmente, cerca de 85.000 pessoas se alistam e ingressam nas Forças Armadas anualmente. O Exército concentra o maior efetivo, com 75.000, seguido pela FAB (7.000) e Marinha (3.000).
Nos bastidores da política, fala-se que este é um movimento do governo Lula (PT) para tentar democratizar as Forças Armadas e ampliar a visão dos militares no Brasil. O presidente se saiu melhor em pesquisas com as mulheres do que com homens, ao mesmo tempo em que as Forças Armadas chegaram a ser investigadas por tentativa de golpe de Estado, com alguns comandantes sendo presos.