Trump é condenado por 34 crimes e pode ser preso nos EUA
Trump também é candidato a presidente
Publicado em 30/05/2024 às 18:30
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi declarado culpado nesta quinta-feira (30) no julgamento que o acusava de ter escondido contabilmente um pagamento de US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels durante a reta final das eleições de 2016. Naquele ano, Trump derrotou a rival Hillary Clinton.
A decisão dos jurados, que consideraram Trump culpado, agora aguarda a determinação da pena pelo juiz Juan Merchan, que deve ocorrer nos próximos dias. Ele foi julgado e condenado por 34 crimes leves no estado de Nova York, classificados como crimes de classe E, a categoria mais branda. As penas previstas para essa categoria podem chegar, no máximo, a 4 anos de prisão.
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Normalmente, o juiz pode permitir que o condenado cumpra as penas simultaneamente, o que, no pior dos cenários, resultaria em uma pena de 4 anos de prisão. No entanto, analistas nos Estados Unidos afirmam que é pouco provável que o ex-presidente realmente vá para a cadeia. A expectativa é que Trump receba uma multa e um período de liberdade condicional.
Esta é a primeira vez que um ex-presidente dos Estados Unidos é acusado e condenado criminalmente, e ainda é incerto como o eleitorado reagirá a este processo. Ele é o candidato à presidência pelo partido Republicano e o principal adversário do atual presidente Joe Biden, que é dos Democratas.
Trump presidente e condenado?
A votação para a próxima eleição presidencial está marcada para o dia 5 de novembro. Há especulações na mídia americana sobre a possibilidade dele ser eleito novamente e conceder um perdão presidencial a si mesmo. No entanto, juridicamente, não está claro se isso seria possível.
Neste caso específico, isso não seria viável, pois a condenação ocorreu na Justiça de Nova York, onde apenas o governador do estado tem o poder de conceder um perdão.
Trump tem reiterado que é vítima de perseguição política e alega que o julgamento faz parte de uma campanha para impedir seu retorno à Casa Branca.