Prefeitura é massacrada por fazer Festa Junina durante incêndio
Prefeitura de Corumbá tomou a decisão foi detonada
Publicado em 24/06/2024 às 19:40
A Prefeitura de Corumbá foi duramente criticada nas redes sociais nesta segunda-feira (24) após a publicação de um vídeo polêmico. As imagens mostravam a população comemorando a tradicional festa junina de São João, enquanto ao fundo, um incêndio devastador consumia a mata do Pantanal.
O vídeo, que gerou indignação, foi inicialmente postado pela própria administração municipal de Corumbá, cidade localizada a mais de 450 km de Campo Grande. Após a repercussão negativa, a prefeitura rapidamente excluiu a postagem, mas internautas já haviam recortado e compartilhado o trecho nas redes sociais.
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Diversas pessoas expressaram seu descontentamento nos comentários da publicação original. "Realmente estamos testemunhando um colapso humanitário, e os seres humanos conseguem fazer festa em cima dos escombros da civilização. Selvagem e surreal", escreveu uma internauta. Outro comentário destacava: “Festa e muito fogo! Que irresponsabilidade das autoridades permitir acontecer uma festa numa situação dessa!”
O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) utilizou o incidente para criticar a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. “O Pantanal está em chamas e a claque que diz defender o meio ambiente sumiu. Por que será? Onde está Marina Silva?” questionou Kataguiri em suas redes sociais.
O Instituto SOS Pantanal, uma das principais organizações de defesa do meio ambiente, também comentou o incidente. Em um vídeo publicado, o instituto lamentou: "O Pantanal arde em chamas novamente, e mais um ano enfrentamos o que está se tornando o 'novo normal'".
Em resposta à gravidade dos incêndios, o governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência no Pantanal. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (24) e visa acelerar as medidas para combater os incêndios.
Os incêndios no Pantanal em 2024 já superaram os números de 2020, ano de devastação recorde para o bioma. Segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), até domingo (23), 627 mil hectares foram queimados, sendo 480 mil hectares em Mato Grosso do Sul e 148 mil em Mato Grosso.