Sem festa

Por guerra, cidade onde nasceu Jesus cancela o Natal

Belém não fará as comemorações de Natal


Natal em Belém
Natal foi cancelado em Belém - Foto: Reprodução/Internet

Belém, a cidade da Cisjordânia ocupada por Israel onde Jesus Cristo nasceu, está quase deserta neste Natal.

Os líderes locais tomaram a decisão de reduzir as festividades em solidariedade à população palestina, enquanto eram travados intensos combates entre Israel e o Hamas na devastada Faixa de Gaza.

Mais de 20 mil palestinos foram mortos durante a ofensiva aérea e terrestre de Israel, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas em Gaza, e quase 85% da população total do território foi deslocada.

Atuações do Ano: As melhores interpretações de 2023 no Brasil

De Kayky Brito a Faustão: 5 famosos que têm verdadeiros milagres para agradecer no Natal

A guerra foi desencadeada pelo ataque do Hamas, em 7 de outubro, no sul de Israel, no qual ao menos 1.200 pessoas foram mortas e mais de 240 foram feitas reféns.

Muitos em Belém têm laços com Gaza através de entes queridos e amigos, e um sentimento de tristeza recaiu sobre a cidade reverenciada pelos cristãos como o local de nascimento de Jesus Cristo.

As decorações que antes adornavam os bairros foram removidas. Os desfiles e celebrações religiosas foram cancelados. No centro da cidade, a tradicional enorme árvore de Natal da Praça da Manjedoura está visivelmente ausente.

Viajar para Belém, cerca de oito quilômetros a sul de Jerusalém, normalmente não é uma viagem fácil. A barreira construída por Israel na Cisjordânia restringe a circulação, assim como os vários postos de controle que entram e saem da cidade. A situação só piorou desde o ataque do Hamas.

Desde 7 de outubro, Israel restringiu a circulação em Belém e outras cidades palestinas na Cisjordânia, com postos de controle militares que permitem o acesso e saída, afetando os palestinos que tentam chegar ao trabalho. O território ocupado também sofreu um aumento da violência, com ao menos 300 palestinos mortos em ataques israelenses, segundo o Ministério da Saúde palestino.

Caminhando pelas ruas de paralelepípedos, o impacto do conflito é evidente. As empresas contavam com um período festivo movimentado, depois de sofrerem com as dificuldades e restrições da pandemia do coronavírus. Mas sem as habituais multidões de turistas e fiéis, muitos dos hotéis, lojas e restaurantes fecharam.

Lembranças e esculturas em madeira de oliveira do presépio estão nas prateleiras juntando poeira. Poucas lojas permanecem aberta, no desejo de apoiar os artesãos qualificados que confeccionam delicadamente suas mercadorias.

Até a Igreja da Natividade, que se tornou o primeiro Patrimônio Mundial nos territórios palestinos em 2012, está praticamente vazia. Em um ano normal, enormes filas serpenteavam o estacionamento, com peregrinos à espera para entrar na gruta, considerada desde o século II como o local exato do nascimento de Cristo.

No interior, normalmente seria apenas espaço para ficar em pé. Mas, este ano, os combates em Gaza mudaram tudo. Agora você pode praticamente ouvir um alfinete cair.

 

Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado