Comandante do Exército avisa que militares golpistas serão punidos
Ele foi taxativo durante declaração
Publicado em 25/08/2023 às 19:50
Nesta sexta-feira (25), o comandante do Exército, o general Tomás Ribeiro Paiva, proferiu uma afirmação contundente, reafirmando que quaisquer desvios de conduta cometidos por militares serão veementemente rejeitados. O discurso ocorreu durante a cerimônia de celebração do Dia do Soldado, realizada no Quartel-General do Exército em Brasília. A ocasião se deu em meio às crescentes tensões entre as esferas civil e militar.
O general Paiva enfatizou a importância da missão constitucional das Forças Armadas e destacou que o prestígio da instituição provém de sua estrita obediência à Constituição. "Esse compromisso coletivo está em discordância com quaisquer eventuais desvios de conduta, os quais são repudiados e corrigidos, seguindo o exemplo de Caxias, o influente formador do caráter militar brasileiro", afirmou.
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Dentre os participantes do evento estavam o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), exercendo a presidência devido à ausência internacional de Lula (PT), o ministro da Defesa José Múcio e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, encarregado das investigações que envolvem militares próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também ex-capitão do exército. Figuras como o senador General Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e o procurador-geral da República Augusto Aras também marcaram presença.
Militares viraram alvos
No contexto das investigações em curso sobre ações e omissões relacionadas aos eventos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando manifestantes causaram danos à sede dos Três Poderes em Brasília, vários militares têm se tornado alvos de inquéritos conduzidos pela Polícia Federal e pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o caso.
No momento, destaca-se a figura do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que se encontra detido desde maio. Tanto ele quanto seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, possuidor de quatro estrelas, estão no epicentro das investigações relacionadas às joias sauditas que foram recompradas nos Estados Unidos.
Apesar de o filho Cid estar sob custódia sob a suspeita de falsificação de cartões de vacinação de Bolsonaro e seus familiares, ele também é alvo de investigações em outros casos, como o vazamento de informações confidenciais sobre a urna eletrônica e os incidentes golpistas ocorridos no 8 de janeiro.