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Dívida de R$ 500 mil e atos golpistas: quem é o empresário preso por ameaçar matar Lula

Empresário confirmou que participou de atos golpistas


Empresário que ameaçou Lula
Empresário foi preso após ameaçar Lula - Foto: Reprodução/Internet

Arilson Strapasson, detido sob suspeita de ameaçar o presidente Lula, já possui registros anteriores por delitos ambientais apontados pelo Ibama, tendo acumulado multas no valor de R$ 625 mil devido a atividades de desmatamento na Amazônia.

Com uma trajetória que inclui sua ocupação como fazendeiro, este indivíduo alinhado ao movimento bolsonarista também teve envolvimento passado como garimpeiro. Adicionalmente, ele admitiu à Polícia Federal, no momento de sua prisão na última quinta-feira (3), ter participado e financiado protestos de natureza golpista no estado do Pará.

Em sua declaração às autoridades, Strapasson detalhou sua invasão à Câmara de Deputados em 8 de janeiro e revelou sua participação ativa no apoio a manifestações ocorridas em frente a um quartel em Santarém. As infrações que resultaram nas multas remontam a práticas de desmatamento datadas de 2015 e 2020, todas ocorridas na região de Novo Progresso, segundo informações do Ibama.

Originário da região Sul do Brasil, o fazendeiro expandiu suas atividades para o estado do Pará, onde se estabeleceu em Novo Progresso, localizado no sudoeste do estado. Uma de suas rotinas incluía viagens a Santarém para adquirir recursos para suas operações agropecuárias. Foi justamente em Santarém que ele foi detido por supostas ameaças direcionadas ao presidente Lula.

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Débitos e prisão

Nesta sexta-feira (4), endereços vinculados a Arilson foram alvo de dois mandados de busca e apreensão executados pela Polícia Federal, com o intuito de coletar "elementos adicionais de convicção". A PF, quando contatada, absteve-se de compartilhar detalhes sobre essas operações. Ademais, um segurança suspeito de disseminar ameaças ao presidente Lula (PT) também foi alvo de mandado, tendo sido posteriormente liberado após prestar depoimento às autoridades da Polícia Federal (PF).

O Ibama confirmou ter aplicado duas multas a Arilson, totalizando R$ 235 mil em 2015 e R$ 390 mil em 2020. Entretanto, a quitação dessas penalidades não foi confirmada pelo órgão. Os atos de degradação ambiental perpetrados resultaram em duas ordens de embargo e duas autuações. Um dos locais embargados possui uma área de 77 hectares e está situado em Novo Progresso.

A ação civil pública, movida pelo Ministério Público Federal, desencadeou um processo ambiental contra Strapasson na Vara da Justiça Federal de Itaituba. A representação legal em sua defesa foi designada pelo sistema judicial, que considerou sua incapacidade de arcar com um advogado privado.

Embora tenha sido detido pela Polícia Federal na última quinta-feira (3), o fazendeiro também revelou ter participado da invasão à Câmara de Deputados ocorrida em 8 de janeiro, contudo, detalhes sobre investigações em relação à sua participação em ações de cunho golpista ainda não foram divulgados pela PF.

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