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Hacker que tentou invadir as urnas eletrônicas a mando de Zambelli vai depor na CPMI

Parlamentares procuram ligação do hacker com Bolsonaro


Zambelli e Hacker
Hacker pode complicar Zambelli - Foto: Reprodução/Internet

A Comissão Parlamentar de Inquérito responsável por investigar os Atos Golpistas, realizados no âmbito do Congresso Nacional, anunciou nesta quinta-feira (03) sua decisão de aprovar a convocação de figuras-chave para depoimento. Entre os convocados, destacam-se o hacker Walter Delgatti e o sargento do Exército Luís Marcos dos Reis.

Delgatti, conhecido por seu envolvimento no episódio "Vaza Jato", no qual foram reveladas mensagens trocadas entre o ex-juiz Sérgio Moro, agora senador, e o ex-procurador Deltan Dallagnol, ex-deputado, foi preso recentemente pela Polícia Federal sob suspeita de fraude em sistemas de órgãos públicos. Também foi aprovada a convocação de Luís Marcos dos Reis, que atuou como sargento no Exército e fez parte da equipe do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A sessão da CPI, agendada para hoje, teve seu início marcado para as 9h, mas devido a falta de acordo entre os membros, a votação das convocações foi adiada até as 12h39. Um ponto de controvérsia surgiu entre os parlamentares alinhados ao governo, que expressaram objeções à convocação do fotógrafo Adriano Machado. Este fotógrafo havia registrado imagens de vandalismo durante uma visita ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro, enquanto realizava seu trabalho de cobertura jornalística.

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Os defensores do governo argumentaram que sua convocação era inapropriada, dado que ele estava desempenhando seu papel profissional amparado pelo sigilo previsto na Constituição para atividades jornalísticas. Uma declaração prestada por Delgatti à Polícia Federal revelou que ele esteve no Palácio da Alvorada e, nesse encontro, o então presidente Jair Bolsonaro o questionou sobre a possibilidade de invadir urnas eletrônicas.

 

Esse episódio teria sido intermediado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), que também foi alvo de mandados de busca e apreensão em seus endereços. Ao longo de seu mandato como presidente, Bolsonaro lançou diversas críticas ao sistema de votação por urnas eletrônicas, chegando até a convocar uma reunião no Palácio da Alvorada com embaixadores com o objetivo de questionar o sistema eleitoral. Essa postura resultou em uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral declarando Bolsonaro inelegível.

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