Quem vence?

Por pressão do Centrão, Jean Wyllys pode perder cargo antes de tomar posse

Primeira-dama quer o aliado na Secom


Jean Wyllys em foto
Jean Wyllys pode perder cargo antes de tomar posse - Foto: Reprodução/Internet

Janja da Silva (PT) quer a todo custo o aliado de primeira grandeza, Jean Wyllys (PT), como assessor especial da Secom (Secretaria de Comunicação) do governo de Lula (PT). Isso colocou a primeira-dama e a legenda de um lado da batalha contra o Centrão, que vem fazendo pressão para que o presidente barre a nomeação.

Segundo apurou o NaTelinha, desde que voltou ao Brasil, o ex-deputado federal recebeu a promessa de que teria um cargo graúdo na Comunicação de Lula. A vaga oferecida foi a que já havia sido ofertada ao deputado federal André Janones (Avante), que declinou do convite. Tudo estava acertado para que Jean fosse o responsável por lutar contra as fake news de forma institucional nas redes sociais.

Acontece que o Centrão passou a lutar contra desde o primeiro momento. Parlamentares buscaram membros do governo nos bastidores para deixarem claro que são contra a indicação. Na visão deles, um governo que se propõe a pacificar o país não pode ter um assessor responsável pela comunicação com um discurso ferino como é a do ex-BBB.

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Se partidos da base aliada já haviam se mostrado contrários ao nome, tudo piorou após o embate entre Wyllys e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Após os dois baterem boca no Twitter, o tucano acusou o adversário político de homofobia e até decidiu processá-lo. 

O caso ganhou repercussão nos corredores do Planalto e muitos nomes sopraram no ouvido de Lula que ter Jean na Comunicação levaria um problema desse porte por dia. O presidente está avaliando o caso, mas ele também é pressionado por Janja e pelo PT, que prometeram uma vaga ao ex-parlamentar para que ele pudesse voltar ao Brasil.

O ministro chefe da Secom, Paulo Pimenta (PT), afirmou nesta quinta-feira (20) que não houve promessa de vaga e que, até este momento, sequer conversou com Jean Wyllys e que, portanto, não há nenhum cargo no horizonte. Nos bastidores de Brasília isso foi visto como um sinal de que a vaga pode ficar a ver navios.

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