Tebet insinua que brasileiros estão endividados por culpa de Banco Central
Ministra do Planejamento mandou indireta para Roberto Campos
Publicado em 14/07/2023 às 21:10
Simone Tebet (MDB) não está nada satisfeita com o comportamento do Banco Central no primeiro ano do governo Lula (PT). A ministra do Planejamento não poupou crítica à entidade durante o lançamento do Desenrola, programa de renegociação e perdão de dívida dos brasileiros.
Tebet, que participou do evento nesta sexta-feira (14), comemorou o programa, que faz parte de sua pasta, e lembrou que irá beneficiar mais de 70 milhões de brasileiros. Pelo Desenrola, inclusive, brasileiros com dívidas de até R$ 100,00 e que estejam com o nome negativados, terão os valores perdoados e sairão do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).
Mesmo assim, durante o lançamento, a ministra não poupou críticas ao Banco Central, “Não adianta fazer o Desenrola, aliviarmos a vida das pessoas e apresentar um programa eficiente sob todos os aspectos, com juros de 13,75%", afirmou. Tebet se refere a taxa de juros, determinada pelo Copom, que fica sob o guarda-chuva do BC.
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Desde o início do ano, Lula e o PT criticam a taxa de juros e o presidente do Banco, Campos Neto. Como em 2016, nas mãos de Michel Temer, o BC passou a ser independente, o presidente não pode interferir nas demissões nem demitir o gestor. Se a princípio o próprio petista foi criticado por ingerência, agora, todos, inclusive o mercado financeiro, concordam que não há espaço para a taxa atual.
Tebet lembrou que a situação é séria e cobrou uma solução, ou seja, que os juros caiam o mais breve possível. "O Brasil não comporta um Desenrola por ano. Nós precisamos de espaço fiscal para investir naquilo que verdadeiramente precisamos, como Saúde, Educação, obras de infraestrutura e tudo mais”, encerrou.
A expectativa do mercado financeiro é de que a taxa irá cair na reunião do Copom do mês de agosto, como já havia sinalizado a entidade. A aposta é que o recuo acontecerá, mas ninguém sabe se o corte será de meio ponto ou de 0,25, embora haja quem defenda uma redução até maior.