Corrida do Ouro

Globoplay disponibiliza 6 capítulos de novela perdida, inspirada em Hollywood

Trama de 1974 tinha Renata Sorrah no elenco e marcou estreia do autor Gilberto Braga


Renata Sorrah em Corrida do Ouro, novela exibida pela Globo entre 1974 e 1975
Renata Sorrah era uma das protagonistas de Corrida do Ouro; novela acompanhava cinco herdeiras que recebiam missões para colocar as mãos em uma grande fortuna - Foto: Reprodução/Acervo Globo
Por Walter Felix

Publicado em 22/07/2024 às 13:45,
atualizado em 22/07/2024 às 14:12

O Globoplay disponibiliza nesta segunda-feira (22) seis capítulos da novela Corrida do Ouro. Exibida na Globo às 19h, entre 1974 e 1975, a trama integra o projeto Fragmentos, dedicado à disponibilização de produções que não estão na íntegra no acervo da emissora.

Com ideia original de Daniel Filho, na época responsável pela produção de novelas na Globo, Corrida do Ouro foi concebida para mudar o estilo das histórias das 19h na época: sairiam os folhetins água com açúcar para dar mais espaço à ação.

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A novela acompanhava cinco mulheres que recebiam difíceis missões para colocar as mãos em uma grande herança:

Isadora (Sandra Bréa) deve abandonar definitivamente a carreira de modelo, atriz e cantora; Teresa (Aracy Balabanian) precisa concluir a faculdade de jornalismo; Ilka (Maria Luiza Castelli) é encarregada de levar a mãe para morar na sua casa; Gilda (Célia Biar), que vive na França, deve se mudar para o Brasil; e Patrícia (Renata Sorrah) é destinada a se casar com um homem que não ama.

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Globoplay disponibiliza 6 capítulos de novela perdida e inspirada em Hollywood

Inicialmente intitulada As Herdeiras, a sinopse tinha inspiração nas comédias de Hollywood dos anos 1920 e 1930. É o que revela o livro Gilberto Braga: O Balzac da Globo, escrito por Artur Xexéo e Maurício Stycer, sobre um dos autores encarregados de desenvolver a história. A premissa também teve participação de Lauro César Muniz.

Os dois autores não se conheciam na época, mas se deram bem na empreitada. A imprensa fez elogios aos primeiros capítulos, mas o próprio Gilberto definiu assim, em depoimento à revista Veja ainda em 1974, aquela que marcou sua estreia em novelas:

“No fundo, tudo continua cor-de-rosa. A história é uma paráfrase sobre o poder do dinheiro. Os diálogos são realistas, mas acessíveis a crianças de 10 anos. Eu diria que o tom da novela é de um filme de Frank Capra [diretor de clássicos do cinema norte-americano]. E não isso de realismo.”

Os bastidores, como revela a biografia do autor, foram conturbados. “Uma vez por semana ele entrava na minha sala e pedia demissão", contou Daniel Filho. Para seguir na escrita, Gilberto voltou a contar com a ajuda de Lauro e também recebeu apoio de Janete Clair.

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