Há 40 anos terminava a última novela de Ivani Ribeiro na TV Tupi
Autora se consagrou na emissora que iria a falência no ano seguinte
Publicado em 30/04/2019 às 11:26,
atualizado em 09/01/2023 às 16:56
Em 30 de abril de 1979 a TV Tupi exibia o último capítulo daquela que seria a despedida de Ivani Ribeiro da emissora que a consagrou: a novela “Aritana”.
A trama contava a história de um índio que levava o nome da história. Vivido por Carlos Alberto Riccelli, o protagonista índio tinha de lutar contra o tio que queria vender terras da reserva indígena no Xingu para um milionário americano.
O personagem acaba abandonando as tradições no lugar onde vivia e se muda para a cidade a fim de defender seu povo e lá conhece a veterinária Estela Bezerra (Bruna Lombardi), por quem se apaixona e vive uma grande história de amor.
“Aritana” foi a novela responsável por unir o casal Bruna Lombardi e Carlos Alberto Riccelli, que estão casados até os dias de hoje.
Além disso, a novela acabou sendo a última escrita por Ivani Ribeiro na TV Tupi, que declararia falência e fecharia as portas no ano seguinte. Ivani assinou com a emissora em 1970, após a falência da Excelsior e, a partir deste ano passou a escrever grandes sucessos.
No canal, ela fez 12 novelas neste período, entre elas, obras icônicas como “Mulheres de Areia”, “O Profeta” e “A Viagem”. As três acabaram ganhando remake na Globo. Dessas, apenas a primeira teve a participação da própria Ivani na emissora carioca.
A novela “Aritana” contou ainda com a estreia do ator Marcos Caruso na televisão. Ele deu vida a Marcolino e ganhou espaço em diversas outras produções após este trabalho.
A trama teve 146 capítulos e precisou mudar de horário por decisão da cúpula da Tupi que não via condições de liderar no horário, já que “Aritana” começou concorrendo com “Dancin’ Days”, da Globo. Com o sucesso estrondoso da novela de Gilberto Braga, a Tupi mexeu em “Aritana”, que acabou conquistando audiência satisfatória na nova faixa.
Depois da trama, Ivani migrou para a Band, onde permaneceu por três anos até ser contratada pela Globo, onde permaneceu até sua morte, em 1995