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Em volta à TV, Eliana apresenta Manuela e diz que experiência mudou sua forma de ver a vida

Apresentadora falou sobre luta para ter sua filha, dúvidas, medos e felicidade


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Reprodução

Neste domingo (29), Eliana voltou ao comando de seu programa no SBT. Dentre as atrações, ela concedeu uma entrevista exclusiva ao jornalista Roberto Cabrini e recordou momentos que viveu durante os cinco meses em que ficou afastada da televisão por conta de um descolamento de placenta em sua segunda gravidez.

Um dos trechos mais marcantes da entrevista foi quando a apresentadora recordou que, às vésperas do nascimento da filha, achou que não fosse sobreviver. “Alguma coisa me dizia pra eu deixar uma carta pro meu filho, minha filha, não sei te dizer. Foi, talvez, pelas coisas que eu tinha ouvido, da gravidade que poderia ser o parto, diante de uma hemorragia ou um trabalho de parto. E quando você tem um filho, você não pensa mais em si, pensa nele. Era tudo mais difícil. Então, no dia anterior ao nascimento, eu tive esse surto, esse medo”, contou ela.

Apesar do medo, Eliana disse que, no dia seguinte a esse momento de tensão, sentia-se bem. “E a Manuela não teve nenhum problema, simplesmente nasceu como uma criança saudável, ficou o tempo todo comigo. Eu que passei mal com a volta da anestesia, me ofereciam remédios para passar o enjoo. Mas, depois de duas horas, eu voltei pro quarto com ela, a família vibrando e eu, no céu. Depois da tempestade, veio o sol. A luz da minha vida, a Manuela”, revelou emocionada.

Eliana ficou cinco meses afastada de seu programa e de todas as atividades. Nesse tempo, o repouso foi um de seus companheiros mais próximos. Ela recordou ainda que, com isso, o ângulo de sua vida mudou. “Eu ficava deitada vendo a vida passar. Diferente de anos e anos de vida, quando as pessoas me observavam, o ângulo da minha vida mudou. Fiquei mais quieta, observadora, detalhista e eu diria que até mais humana”, comentou.

Ela confidenciou ainda que muita coisa passava pela sua cabeça para este retorno à TV. “Será que eu volto bem? No pique de antes? Será que vou me comunicar como antes?”, falou. No entanto, apesar das dúvidas, diz que muita coisa melhorou dentro de si: “Volto mais madura, mais mulher, mais forte. Como mãe, mulher, faria tudo igual e até mais”.

Momentos com a família

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Eliana revelou também que todo esse tempo lhe fez pensar em muitas coisas. Uma delas foi a vontade de passar ainda mais tempo com a sua família.

“Eu quero poder compartilhar mais. Eu não fazia isso. Eu tinha a hora da família, intensa; e hora de trabalho, metódica. Hoje eu quero que tudo seja mais leve. Quero poder levar minha filha aos estúdios. Pra que nada se perca. E por isso, talvez essa casa não seja mais minha daqui a uns meses. Eu quero me mudar pra um outro paraíso, ficar mais perto da minha mãe, irmã, sobrinhos”, comentou.

A mãe de Eliana, dona Eva Michaelichen, também participou da entrevista e recordou o início da carreira da filha. “Eu sempre pedia muito a Deus que ajudasse ela em tudo. Mas, aonde ela chegou, eu não imaginava. Eu percebia que ela gostava muito do que fazia, nunca reclamou – chegava tarde da noite, fazia shows e tudo e nunca reclamou, ia fazer teste pra comerciais... Nada foi fácil. Ser mãe da Eliana é sentir muito orgulho”, declarou.

Sobre os últimos meses, dona Eva disse ter sentido muito medo: “Tudo que ela passou eu acho que passei junto também. Muito medo. Com ela e pra mim, também. Acho que essas tempestades vêm pra dar uma força, acordar as pessoas. E a Eliana é muito forte. Muito forte mesmo".

Para Eliana, a mãe é uma mulher de muita força. “Sabe uma mulher que consegue equilibrar vários pratos ao mesmo tempo? É minha mãe. Ela é uma guerreira, uma leoa, protege os filhos e os netos”, disse, complementando que o apoio dela foi extremamente fundamental para vencer essa situação.

“Se eu não tivesse a minha mãe por perto, a benção de ter sido mãe pela primeira vez, se eu não tivesse tido a história de vida, educação dos meus pais, talvez eu não conseguisse passar por tudo isso sorrindo e tendo coisas boas pra contar. Acho que união em amor e união em fé, talvez, defina esse momento que eu vivo”, salientou.

De volta ao passado

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Eliana voltou, pela primeira vez, ao apartamento onde viveu dos 3 aos 22 anos de idade e se emocionou bastante. A loira recordou que nunca lhes faltou nada e que viviam com bastante simplicidade.

“Meu pai chegou aqui de pau de arara. Minha mãe chegou do Sul pra ser babá de uma família rica. Eles se apaixonaram enquanto ele era mordomo e ela, babá. Depois eles vieram pra esse bairro e aqui, ficou. Ele viveu alguns anos no prédio vizinho e quando eu já tinha três anos, viemos pra esse aqui. Nunca faltou nada pra gente”, disse.

As imagens da infância voltam aos poucos e Eliana recordou ainda que um dos momentos mais divertidos era quando usava um tanque de lavar roupas como banheira. “A gente não tinha piscina ou banheira. Eu tomava banho no tanque e pode ter certeza que e como se fosse uma banheirona chiquérrima, você não sabe da minha alegria quando a minha mãe deixava fazer isso”, recordou.

Outro momento emocionante foi quando Eliana entrou em seu antigo quarto e notou que, no teto, pintado de branco, ainda estavam as estrelinhas que ela colou há muitos anos. “Eu deitava aqui na cama e ficava olhando o teto como se fosse um céu. E eu pedia às estrelas pra realizar meus sonhos, meus desejos. Vocês não tem noção o significado disso pra mim. Era meu céu, como se eu visse longe”, recordou, bastante emocionada.

Relação com Adriano Ricco: mais madura, de respeito

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Na entrevista, Eliana também comentou sobre sua relação com o diretor Adriano Ricco, pai de Manuela. Para ela, é uma relação de respeito, madura e diferente de todas que já teve um dia.

“Ele é mais jovem que eu, uma diferença de quase cinco anos. Ele é molecão, brinca com Arthur, parceiro, a única dificuldade que a gente teve foi ele morar no Rio por quase todo período de convivência, quase dois anos. E aí, a gente se uniu no momento mais difícil de vida, esse repouso e esse susto que eu tomei".

A loira disse ainda esperar viver com ele por muito tempo: “A gente passou por quase todas as provas de fogo de relacionamento, peço a Deus que a gente possa viver junto por muitos e muitos anos”,

E essa relação também passou por um grande desafio: antes de Manuela, Eliana e Adriano tiveram uma primeira experiência de gravidez, mas um aborto espontâneo interrompeu bruscamente o início daquele sonho. “É um sonho que deixa de existir em uma fração de segundos. E era um sonho grande, nosso, ter. Não falamos muito disso”, recordou.

Para Eliana, aquele foi o momento em que ela descobriu que não sabe o quanto pode durar a felicidade. “Aprendi que a gente não tem controle de nada, que a gente não é nada, que quando a gente tá feliz é bom aproveitar cada instante, pois não sabemos o quanto a felicidade vai durar. Uma coisa mais difícil que eu passei foi estar no palco do 'Teleton' apresentando o programa como madrinha, uma semana depois de tudo isso. Carreguei sozinha, calada, muito triste. Às vezes a gente pode estar bem por fora, mas com uma tempestade interna”, salientou.

Agradecimento especial

No final da entrevista, Eliana apresentou sua filha Manuela para todo o Brasil. À Roberto Cabrini, a loira confessou que recebeu, em todo esse tempo, muitas demonstrações de carinho, não sabia do quanto era querida, e enfatizou gratidão.

“Eu só tenho que agradecer. Se eu sempre dou um beijo na família, agora é um beijo, abraço, um carinho. E a Manuela, com saúde, é a melhor coisa que eu poderia mostrar a vocês nessa minha volta. Muito obrigada!”, concluiu Eliana.

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