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Protagonista de "13 Dias Longe do Sol", Selton Mello não descarta novela de Manuela Dias

Ator está longe das novelas desde 1999


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Divulgação/TV Globo

Protagonista da nova minissérie da Globo, "13 Dias Longe do Sol", Selton Mello conversou com a imprensa no lançamento da produção que aconteceu na noite desta quinta-feira (26), na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio. O NaTelinha esteve presente.

A trama estreia em janeiro na televisão, mas terá todos os seus 10 episódios disponibilizados antes, no próximo dia 2 de novembro, no Globo Play.

A produção contará a história do desabamento de um prédio e um grupo de soterrados que luta pela sobrevivência. Mas mais que isso, traz à tona debates sobre o comportamento humano diante de situações limite.

Selton Mello é Saulo, engenheiro responsável pelo empreendimento que vai ao chão. "Ele é ambicioso, quer ser sócio dessa construtora e então por conta disso acaba fazendo uma obra com mão-de-obra barata, com material não tão bom e isso acaba gerando a queda do prédio", explicou ele.

"Isso ocorre numa hora que a personagem da Carol Dieckmann (Marion) chega, aí você entende que eles têm uma coisa. E a série se passa no mundo da turma de cima e na turma de baixo. Um colocando a culpa no outro e na história você vai entender o que aconteceu", completou, afirmando ainda que adorou o trabalho desde a leitura do texto.

Protagonista de \"13 Dias Longe do Sol\", Selton Mello não descarta novela de Manuela Dias

Sobre a construção do personagem, Selton disse que foi na intuição: "Às vezes atuar é um negócio muito intuitivo. Meu reencontro com a Carol é legal, a última vez que trabalhei com ela foi em 'Tropicaliente', há mais de 20 anos". Ele também elogou outros colegas: Tem a Débora Bloch, super atriz... Fabrício Boliveira que é um bombeiro que não desiste. O público vai amar esse personagem".

Com a queda do prédio, o ator conta: "Lá embaixo tudo vem à tona. Dores, frustrações, a iminência da morte, mas eles têm que se unir para ver a luz do sol". "Foi muito bem bolado. Foi feito nos estúdios da O2 em São Paulo. A parte dos escombros era estúdio. Não posso dar spoiler, é difícil falar dessa série. Não estávamos em perrengue. Era muito bem realizado", disse ele sobre as gravações, que foram encerradas em março.

E faz uma ligação a série com o Brasil atual e obras super-faturadas: "É um país que maquia as coisas. Você vê, o que ocorreu na Rocinha recentemente, muitos trabalhadores vivem ali e no meio daquele caos, tava tendo o Rock in Rio. Tá tudo errado. O Brasil tá todo errado, tinha que começar do zero".

Ainda na conversa com a imprensa, Selton Mello disse que adora seriados e mencionou dois deles: "É uma era. Tá tudo sempre mudando, eu adoro seriados, 'Stranger Things', 'House of Cards' e poder assistir uma coisa dessa, tipo maratonar".

"Essa minissérie tem isso, na hora que o bicho pega cada um quer livrar o seu. Tá todo mundo envolvido de certa forma nisso tudo. O herói ao longo da série, talvez ele seja, eu não sei", falou sobre seu personagem.

E seguiu analisando a obra: "Na verdade, tem essa tragédia, tem a catástrofe física, que cai. Mas os diretores sempre se preocuparam mais em dar um drama pessoal do que uma minissérie catástrofe. É sobre a história de pessoas soterradas, de culpa, estão todos lá soterrados".

Questionado se existe alguma possibilidade de Selton voltar às novelas - a última foi "Força de um Desejo" (1999) -, como na produção que marcará a estreia de Manuela Dias na faixa das 21h, em 2019, ele deixa em aberto: "Talvez. 'Ligações Perigosas' eu me orgulho muito. A Manu é muito talentosa. Se a vida me possibilitasse... Novela sempre esbarra muito no tempo. Superssérie agora, 80 capítulos... ".

Apesar disso, o ator elogiou o gênero novela e citou "A Força do Querer", recém-encerrada: "Já tenho feito coisas mais curtas. Assistir, assisto mais séries que novelas. Sempre vai existir a novela, veja o trabalho que a Glória Perez fez. Fazia tempo que não tinha uma novela com tanto poder de comunicação".

"O público brasileiro gosta muito de novela, mas terá mais séries e minisséries, e a Globo tá fazendo cada vez mais, e agora tem o Globo Play, essa coisa de lançar antes", finalizou.

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