Afastado há cinco meses da TV, Wagner Montes desabafa: "achei que eu ia morrer"
Jornalista volta ao ar na próxima semana
Publicado em 21/07/2017 às 12:09
Afastado da televisão desde fevereiro, Wagner Montes recebeu um chamado da RecordTV Rio e é a aposta da emissora para o "Balanço Geral RJ Manhã" a partir da próxima terça-feira (25), às 6h30.
O jornalista está animado. Em sua primeira entrevista depois de tudo que enfrentou, ele conta: "Fui na Record na semana passada e todo mundo veio na minha sala. Aí você vê o quanto as pessoas gostam de você, né? Tem que ocupar a cabeça".
A cabeça precisa ficar ocupada, porque os últimos meses não foram fáceis. Wagner Montes fala sobre suas idas ao hospital e diz que teve um dia em que ficou "quase quatro horas uivando de dor".
"Achei que ia morrer", confessou ao NaTelinha, resumindo que a dor foi pior do que quando precisou amputar a perna após sofrer um acidente de triciclo.
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O apresentador esclarece que fará o "Balanço Geral" sentado em um primeiro momento, já que ainda faz fisioterapia para recuperar a força. Mas isso será apenas um detalhe.
"Vai ter notícia, matérias, prestação de serviço, informação, a pessoa vai sair preparada pra discutir qualquer assunto", explica.
Confira na íntegra:
A saúde
Não tô podendo andar porque fiquei 40 dias na UTI do Hospital Quintas D'Or. Eu tive uma arritmia cardíaca num voo pro Rio. E do aeroporto fui pro hospital e fiquei colocando sonda, peguei uma infecção urinária por causa da sonda, peguei uma pneumotite, acho que é esse o nome... E aí tava com uma bactéria e não sabia o que era.
Descobrimos, fizemos o tratamento, fui para casa, tô me recuperando aos poucos. Mas o tempo que fiquei no hospital, por causa de uma trombose não venosa mas muscular, eu não podia fazer exercício nenhum na perna. Então eu fiquei 40 dias quase com a perna parada. Isso enfraqueceu o músculo e automaticamente estou sem força na perna.
Agora tô fazendo exercício de fisioterapia, tô com um home care e dentro de um mês eu volto a ficar em pé e voltar a andar normal com a prótese.
O momento mais difícil
Novo visual do apresentador
O mais difícil é que eu tive alta e voltei pro hospital três dias depois, justamente no dia da estreia da peça da Sônia, com arritmia. Agora tá controlado com medicamentos, mas eu cheguei a fazer 202 batimentos por minuto. Quase que eu vou! Minha pressão ficou a 5x3. E aí eu voltei, mas sentia muitas dores.
Uma inflamação total na medula da coluna, as minhas costas doíam muito e aí fiquei quase quatro horas uivando de dor. Até que o cirurgião que é amigo meu, o Dr. Paulo de Carvalho, usou uma anestesia que ele usa para cirurgia de crânio, e aí passou minha dor. Mas foi o pior dia que passei. E já entrei no hospital embalado pra presente, ou seja, com aquela roupa pra manter a temperatura, o embrulho de presunto na verdade.
Uma duas vezes eu achei que eu ia, eu bati na porta duas vezes do lado de lá. Eu vou resumir: foi pior do que na época do acidente, pra você ter uma ideia.
Situação atual
Agora tô legal. Mas estou com os braços ainda roxos, eu tô com um home care e faço tratamento com a base de vitamina C pura, tô tomando medicamentos e eu estou com o acesso preso aqui porque não tenho mais veia, não se acha mais pra fazer o acesso. Por acaso achou uma que estamos mantendo pra fazer o acesso que é no antibraço, nem é no braço. Olha, eu quase fui no acidente e quase fui desta vez, eu não vou, só vou quando estiver em cima do palco.
A volta à TV
Fui lá na Record, fiz uma reunião com o presidente e com os diretores da Record, eles viram que já tô bem. Eu vou fazer o programa sentado, à principio, eles estão fazendo uma bancada pra mim lá. Acho que no terceiro mês já dá pra fazer em pé e fazer normal.
É totalmente diferente, muito mais leve. Antigamente, das 6h30 às 7h30 era só notícia de São Paulo, agora é tudo do Rio, com motolink, reportagens, o programa tá com grande estrutura.
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Eu vou voltar aos poucos. Volto fazendo uma hora por dia, bem cedinho, então dá tempo de fazer a fisioterapia e descansar e à tarde eu vou para ALERJ... Pedi licença, eu não posso exercer a presidência, porque é a área adminstrativa de todas as diretorias, e eu teria que ficar lá o dia todo, mas não tenho condições físicas pra isso...
Então eu só volto pras sessões, volto como parlamentar normal e quando tiver as votações mais importantes. Eu não posso ficar o dia todo. Cinco horas sentado numa cadeira de rodas é complicado.
Eu estou há seis meses fora do ar, eu também sinto saudades. O programa vai ter notícia, matérias, prestação de serviço, informação, a pessoa vai sair casa preparada pra discutir qualquer assunto. Não vai ser programa muito forte, vai ser pra cima.
O carinho dos colegas da RecordTV
Tô tranquilo, tenho mais de 40 anos de carreira. Claro que será uma emoção voltar ao ar. Eu fui na Record na semana passada, pra ver o negócio de roupa e tal, e todo mundo veio na minha sala, dos funcionários desde os mais humilde até o presidente. Aí você vê o quanto as pessoas gostam de você, né? Foi muito legal.
Agora eu tenho que ocupar a cabeça, porque ficar em casa o tempo inteiro, por mais que minha casa seja maravilhosa e ter uma família maravilhosa, é angustiante. Fico no ar das 6h30 às 7h30, nem o galo cantou ainda (risos) e volto pra casa.
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