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Por que a Apple mudou o nome do seu serviço por streaming

Anúncio foi feito sem alarde


Pessoa tirando o + da Apple
O "mais" (+) foi retirado do nome do streaming - Foto: Ilustração/OpenAI
Por Thiago Forato

Publicado em 17/10/2025 às 04:44,
atualizado em 17/10/2025 às 10:18

A Apple decidiu simplificar. Seu serviço por streaming, antes intitulado Apple TV+, agora passa a se chamar apenas Apple TV. O anúncio foi feito praticamente sem alarde nesta semana, durante a divulgação de F1 - O Filme.

Executivo sênior responsável pelos serviços digitais da empresa, Eddy Cue afirmou que a decisão foi menos corporativa e mais intuitiva. A troca apenas formalizou o comportamento do público, que sempre chamou o serviço por esse nome.

"Colocamos o sinal de +, como iCloud+ e News+, quando temos um serviço gratuito e depois uma versão paga. Todos nós chamamos de Apple TV e dissemos que, considerando onde estamos hoje, era um ótimo momento para fazer isso."

Eddy Cue ao podcast The Town

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A empresa da Maçã já tem um dispositivo com o nome de Apple TV. Trata-se de um aparelho de mídia que é plugado em uma televisão e oferece aplicativos, sendo possível fazer o download de outros serviços por streaming, por exemplo, exatamente como funcionam os concorrentes Roku e Amazon Fire TV.

Agora, o hardware será rotulado como Apple TV 4K para distinguir ambos os produtos do público. Especialistas em marketing apontam que a mudança, embora sutil, é inteligente. De acordo com análise do Business Insider, "a Apple reconheceu que o público já havia feito o rebranding por conta própria".

Apple TV ainda opera no prejuízo

Por que a Apple mudou o nome do seu serviço por streaming

Lançado em 2019 para concorrer com gigantes do setor, a Apple vem injetando mais de US$ 5 bilhões anualmente em conteúdo original. Relatório publicado pela Reuters, em março, aponta que a empresa acumula perdas de US$ 1 bilhão por ano.

A Apple busca reforçar sua marca investindo em conteúdo original de qualidade, que pode gerar repercussão cultural, prêmios e reconhecimento, como aconteceu com CODA - No Ritmo do Coração (2021) que foi parar até nos cinemas e ganhou um Oscar.

Como a empresa tem forte geração de caixa e margens altas na tecnologia, isso lhe dá folga para suportar investimentos que demoram mais a dar retorno, como o streaming. Ter sua própria plataforma no segmento possibilita que ela distribua, exiba e monetize seus próprios conteúdos, sem intermediários.

O streaming é visto pela Apple não apenas como uma nova frente de receita, mas como uma extensão do seu ecossistema. Ao oferecer séries, filmes e documentários dentro de um ambiente próprio, a empresa mantém usuários conectados a seus dispositivos e aumenta o valor percebido de produtos como iPhone, iPad e Mac.

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