Netflix entra na briga pelos direitos de transmissão da Fórmula 1
Atualmente, a detentora dos direitos da principal categoria de automobilismo é a Disney
Publicado em 06/06/2022 às 15:59
A Netflix entrou na briga pelos direitos de transmissão da Fórmula 1, que pode marcar a entrada da gigante do streaming na exibição de esportes ao vivo. Porém, fechar esse negócio não vai ser tão simples para a empresa, que tem mais três concorrentes nos Estados Unidos: a Disney, que transmite as corridas pela ESPN ou ABC, a NBC e a Amazon.
Segundo informações do site americano Business Insider, o acordo seria ideal para a plataforma porque demandaria um “investimento barato” para a empresa se comparado com ligas importantes dos EUA, como NFL e NBA. Vale lembrar que a Netflix está passando por uma espécie de inferno astral, enfrentando a fuga de assinantes em meio ao fortalecimento de concorrentes. Em maio, a 150 funcionários foram demitidos por conta da crise.
Além de "custar pouco", a Fórmula 1 forneceria as bases para o lançamento de uma assinatura com suporte de publicidade da Netflix, atualmente previsto para ser revelado no final deste ano. A estratégia da empresa é atrair novos clientes.
Em 2019, a Netflix lançou a série Drive to Survive, F1: Dirigir Para Viver em português, que mostra pilotos, gestores e donos de equipes vivendo grandes emoções nas pistas e fora delas. A produção, que está na quarta temporada e já tem a quinta e a sexta garantidas, é uma das responsáveis pelo aumento do interesse do público americano na categoria nos últimos anos.
Aumento de interesse na Fórmula 1 pode custar caro para a Netflix
A Netflix corre o risco de sofrer as consequências do próprio sucesso. A boa aceitação de Drive to Survive pode aumentar o preço da Fórmula 1 na TV americana. Segundo o Business Insider, a oferta inicial da Disney para continuar com os direitos foi de cerca de US$ 70 milhões, abaixo dos US$ 100 milhões que a Fórmula 1 aparentemente espera.
Esses valores seriam impensáveis na temporada de 2018, quando a Disney se tornou a detentora dos direitos, concordou em pagar apenas uma taxa anual nominal para transmitir a categoria. Em 2019, estendeu o contrato por "apenas" US$ 5 milhões por ano.