Guerra de streamings

Analista crava diferença entre streamings: "A Disney está lucrando, a Netflix nunca"

Netflix vem contraindo novas dívidas e muitos analistas se preocupam com o futuro da empresa


Logo Disney e Netflix
Empresas vão concorrer pelo mercado de streaming - Divulgação

O modelo de negócio da Netflix foi duramente criticado pelo analista Porter Bibb, da Midia Tech, numa entrevista ao Fox News. Ele também foi o primeiro editor da revista Rolling Stone.

Injetando bilhões de dólares e sem fluxo de caixa, além de contrair novas dívidas impagáveis a cada ano que passa, a situação do streaming número um do mundo pode piorar ainda mais na visão de Bibb.

Para ele, a Disney tem a melhor chance em vencer a guerra dos streamings. "O que estamos vendo é mais consolidação, particularmente nessas guerras. Eles não serão uma dúzia de vencedores. Talvez quatro empresas sobreviverão", alertou.

Para o profissional, é o modelo de negócio da Netflix que pode ser um obstáculo. "O problema que ela está enfrentando é que, em cinco anos, talvez sejam 150 milhões de assinantes globais [número já alcançado] e a Disney também. A diferença é que a Netflix está lucrando, e a Netflix nunca. Outra pessoa terá que assumir a Netflix", critica.

Segundo o estudo Ampere, mais de 300 milhões de lares em todo o mundo têm acesso à Netflix, devido ao aumento do número de acordos de parceria com empresas de TV paga.

Somente neste ano, a gigante do streaming assinou mais de 15 negócios. Enquanto isso, a Disney + atraiu mais de 10 milhões de assinantes em seu primeiro dia, há 20 dias. O serviço chega ao Brasil em 2020.

Dívidas bilionárias

Em 2019, a Netflix contraiu nova quantia bilionária em dívidas: US$ 2 bi. Já são US$ 15 bilhões investidos nos últimos 12 meses.

A empresa acredita que precisa se endividar como parte da transição de um destino de reestruturação digital, do modo que consiga criar uma fonte de conteúdo original, quando começou em 2013 com House of Cards.

A revista Variety publicou recentemente que a expectativa é que mais de 90% do conteúdo do streaming deve ser amortizado dentro de quatro anos.

Outros analistas experientes e renomados, no entanto, alertam para o modelo de negócio da Netflix e temem que ela não consiga se sustentar na próxima década.

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