Problema

Aos 92 anos, Stênio Garcia reclama da falta de trabalho e alfineta autores e atores jovens

Veterano falou sobre etarismo


Stênio Garcia de roupa preta e pernas cruzadas, sentado em sofá de estampa florida
Stênio Garcia em foto compartilhada no Instagram - Reprodução
Por Redação NT

Publicado em 09/02/2025 às 15:30,
atualizado em 09/02/2025 às 15:31

Stênio Garcia, que chegou a pedir oportunidades de trabalho em 2024, voltou a reclamar sobre o etarismo. O veterano, de 92 anos, afirmou que autores jovens não sabem escrever para atores experientes e ainda alfinetou quem está iniciando na dramaturgia, afirmando que contracenar com quem não sabe o que está fazendo é "brochante".

"Os autores novos não sabem mais escrever para as pessoas velhas, mas o Brasil é cheio de idoso. Para um idoso trabalhar, o autor tem que saber escrever para ele. Ouvi o Tarcísio Meira dizer isso e bateu fundo em mim. Os grandes autores morreram ou não estão trabalhando", observou ele.

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Em entrevista à Quem, o famoso contou que todo ator precisa ter uma outra fonte de renda atualmente: "Se o ator não empreende, e depende do audiovisual, que é o que paga melhor, não vive porque não tem constância. Todos os modelos de trabalho são por obra e, de repente, quando o ator é muito bom, são diárias. Não podemos nos deixar leiloar por menos do que valemos".

Stênio Garcia lembrou experiência ruim em novela da Globo

Stênio Garcia caracterizado para a novela Deus Salve o Rei
Stênio Garcia caracterizado para a novela Deus Salve o Rei - Divulgação/TV Globo

Stênio Garcia, que esteve no elenco da novela Deus Salve o Rei (2018), revelou que voltou de um dia de gravação se sentindo triste com os rumos que sua profissão estava tomando.

"É muito difícil escolher o trabalho e contracenar com pessoas que não tem ideia do que estão fazendo ali. Não tenho pressa mais, já ganhei todos os prêmios, já fiz tudo. Contracenar com um ator que não olha no olho? Não quero. Me brocha. Quero olhar no olho e entender o que ele está pensando", pontuou.

O artista ainda deu um exemplo: "Às vezes fazíamos uma proposta de personagem e escrevíamos uma vida inteira de como ele seria no caderno. Uma vez, interpretando o Aleijadinho, amarrei a mão durante o laboratório para não a usar assim como ele, e me furei por conta do jeito que fiz. Hoje as pessoas não pesquisam mais os personagens".

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