Velório de Guilherme de Pádua tem discurso de viúva e choro de ex-presidiários
Cerimônia acompanhada por cerca de 300 pessoas contou com ex-detentos que se disseram transformados pelo pastor, assassino de Daniella Perez
Publicado em 07/11/2022 às 14:40,
atualizado em 07/11/2022 às 16:45
Morto aos 53 anos, vítima de um infarto no domingo (6), o pastor evangélico e ex-ator Guilherme de Pádua (1969-2022), assassino confesso da atriz Daniella Perez (1970-1992), foi velado nesta segunda-feira (7), na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG). A cerimônia durou das 10h30 às 13h, e o sepultamento foi feito à tarde, no Cemitério Parque da Colina, também na capital mineira.
A reportagem do NaTelinha esteve presente no velório de Guilherme de Pádua. Restrita a amigos e familiares, a cerimônia foi acompanhada por cerca de 300 pessoas. Houve muita comoção: ex-presidiários e pessoas em liberdade condicional que estavam presentes relataram terem tido suas vidas transformadas pelo pastor.
O culto foi ministrado por Márcio Valadão, que anunciou a morte de Pádua no domingo (6). A viúva, Juliana Lacerda, também fez um discurso. Emocionada, ela contou que conheceu o falecido marido em uma festa e que na época estava noiva de outra pessoa, quando uma pastora previu que os dois se casariam. Nos últimos anos, eles desenvolviam trabalhos de ressocialização em unidades carcerárias.
Muitos dos presentes eram pessoas que já foram presas e conheceram Guilherme de Pádua em ações que o pastor fazia em penitenciárias. Ele ia a presídios masculinos, enquanto Juliana, também pastora da Igreja Batista da Lagoinha, fazia trabalhos em cadeias para mulheres. O objetivo era converter pessoas ligadas ao crime.
Juliana Lacerda foi a terceira esposa de Guilherme de Pádua. Ele também foi casado com Paula Thomaz, hoje Paula Nogueira Peixoto, também condenada pelo assassinato de Daniella Perez, no caso que chocou o país há 30 anos. Entre 2006 e 2014, o ex-ator foi casado com Paula Maia, que também conheceu na igreja que frequentava em Belo Horizonte.
Discursos no velório afirmaram que Guilherme de Pádua “não era um monstro”
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Nos discursos, foi dito mais de uma vez que Guilherme de Pádua “não era um monstro como a mídia fala”. Ele e a então esposa Paula Thomaz foram condenados a 19 anos de prisão pelo assassinato de Daniella Perez. Graças ao "bom comportamento", foram soltos em 1999, após cumprir apenas um terço da pena. Eles se divorciaram ainda na prisão.
O crime dominou os noticiários em 1992 e deu origem à série Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez, lançada neste ano. Foi comentado, durante o velório, que Guilherme estava muito abalado por conta da repercussão do documentário da HBO Max e que não estava aguentando a pressão. Desde que o caso voltou à tona, ele postou vídeos nas redes sociais relembrando o crime e também ganhou seguidores.
Guilherme de Pádua e Paula Thomaz mataram Daniella Perez na época em que o então ator contracenava com ela na novela De Corpo e Alma, escrita pela mãe da artista, Gloria Perez. A vítima era casada com Raul Gazolla, que nesta segunda desabafou em vídeo postado no Instagram: "Hoje o mundo acordou melhor, o ar acordou mais limpo, e foi feita a justiça divina".
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