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Padre critica ação de Bolsonaro durante a pandemia: "Tem coisas que não me cheiram bem"

Juarez de Castro deu entrevista para o canal Intervenção


Padre Juarez e Jair Bolsonaro em foto montagem
Padre Juarez falou sobre Bolsonaro - Foto: Reprodução

O padre Juarez de Castro comentou sobre a atuação de Jair Bolsonaro frente ao cargo de presidente da república. Durante uma entrevista para Roger Turchetti, no canal do YouTube, Intervenção, o religioso não escondeu sua insatisfação com a postura do governante no período da pandemia do novo coronavírus. Ele também analisou sobre o medo das pessoas em conversarem sobre política.

“Tem umas coisas que não me cheiram bem naquilo que ele [Jair Bolsonaro] tem feito. Não concordo com a maneira que as famílias que tiveram seus parentes falecidos neste período de pandemia foram tratadas. Não concordo com a fala que ele disse uma vez: ‘Eu não sou coveiro’. Não concordo, acho um absurdo, uma falta de respeito com as pessoas”, comentou.

Juarez demonstrou respeito ao falar do presidente, mas disse que a postura dele durante a pandemia do novo coronavírus não foi adequada ao momento, na opinião dele. Mas ressaltou que as pessoas sentem medo de fazer críticas aos governantes por conta do clima de ódio que se instalou no Brasil.

“Hoje nós temos medo de falar de política, hoje nós temos medo de comentar sobre política, porque se você fala uma coisa diferente aqui, você é contrário ou favorável a alguma coisa. Se você for contra, você pode ser vítima de ódio. Então isso tá muito ruim”, acrescentou.

Juarez de Castro critica Gilberto Barros

Gilberto Barros declarou que agrediria homossexuais que se beijassem na sua frente. O posicionamento dele causou revolta na comunidade LGBTQI+, tanto que o jornalista William De Lucca o denunciou por homofobia. “Não é admissível que alguém, especialmente na imprensa, incentive a violência contra LGBT”, declarou.

Juarez de Castro relembrou o assunto e criticou a fala de Gilberto Barros. “Nunca vi nada que pudesse apontá-lo como uma pessoa preconceituosa, mas a fala tem duas coisas: o preconceito, que é a pior doença do ser humano, e a fala preconceituosa violenta. Nós não podemos ser levados pelo preconceito para a violência. Tenho certeza que ele se arrependeu”, concluiu.

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