Cadê o Leão?

Denunciado por homofobia, Gilberto Barros pede apoio e some das redes sociais

Apresentador disse que bateria em gays que se beijassem na frente dele


O apresentador Gilberto Barros
O apresentador Gilberto Barros (Foto: Reprodução/Record)

Gilberto Barros está "desaparecido". Há dois dias, o apresentador não publica nada em seus perfis no Twitter e no Instagram. Na última quarta (16), apresentou seu programa diário no YouTube e no Facebook, mas não o divulgou em suas outras redes sociais.

O sumiço de "Leão" coincide com a denúncia contra ele junto ao MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) por homofobia. Durante uma entrevista com Sonia Abrão, o apresentador disse que agrediria dois homens (veja vídeo no final) que se beijassem na sua frente.

"Eu tinha que acordar às 2h30, 2h, e ainda presenciar, onde eu guardava o carro na garagem, beijo de língua de dois 'bigode', porque tinha uma boate gay ali na frente. Não tenho nada contra, mas eu sou gente. Naquela época ainda, chegando do interior. Hoje em dia, se quiser fazer na minha frente, faz. Apanha os dois, mas faz", criticou Barros.

No programa de ontem, Gilberto Barros não tocou no assunto, embora esteja recebendo milhares de críticas pela fala homofóbica. Entretanto, o apresentador pediu apoio de seus seguidores porque "o bicho vai pegar".

"Fiquem espertos e me apoiem, me ajudem, porque eu faço isso aqui não é para mim não. Eu faço isso aqui para justamente combater o que estaria acontecendo com as pessoas de bem desse país, sendo policiadas, perseguidas, mas como é comigo eu não vou reclamar. Eu só espero e sempre esperei que, como eu defendo os amigos, meus amigos também, sabendo quem sou eu, estejam do meu lado, porque o bicho vai pegar", implorou.

A denúncia contra Gilberto Barros é de autoria do jornalista e ativista LGBT William De Lucca, pré-candidato a vereador de São Paulo pelo PT, com base na lei estadual 10.948, sancionada em 2001 e que pune a prática de discriminação em razão da orientação sexual e identidade de gênero

"Não é admissível que alguém, especialmente na imprensa, incentive a violência contra LGBT. Vai responder penal e administrativamente e vai aprender pela lei a respeitar nossa população", criticou De Lucca. "É inaceitável que em pleno século 21 a gente ainda seja ameaçado por fazer algo que qualquer pessoa heteronormativa faz tranquilamente, sem qualquer incômodo. Precisamos coibir este tipo de postura, mas, mais que isso, promover ações políticas e de reparação às violências contra a população LGBT", completou.

Assista ao vídeo em que Gilberto Barros diz que agrediria homossexuais que se beijassem na sua frente:

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