Atriz critica atentado contra o Porta dos Fundos: "Nunca fez nada ofensivo"
Karina Ramil falou sobre carreira e também comentou sua participação no Zorra
Publicado em 16/04/2020 às 15:09
Karina Ramil ficou conhecida como integrante do Porta dos Fundos e atualmente faz parte do elenco do Zorra, programa humorístico da Globo. A atriz foi a convidada da live do NaTelinha pelo Instagram na última quarta-feira (15) e abriu o jogo sobre sua carreira.
Questionada pelo apresentador Deivisson Santos (@deivissontv) sobre como ela lidava com as críticas ao Porta dos Fundos, Karina afirmou que não se incomodava, mas lamentou o atentado contra o grupo, porque não considera o humor deles agressivo.
“Claro que o atentado que aconteceu com Porta foi uma coisa diferente, porque parte para outro movimento violento, algo real. Mas críticas na internet são normais, pessoas que questionam, a real é essa, o mundo é esse, liberdade de expressão. E eu acho que o Porta nunca fez nada ofensivo para uma pessoa que fosse vítima da situação, é um humor pra criticar o opressor e nem o oprimido”, declarou.
“O Porta sempre dialogou com a visão que eu tenho sobre a sociedade, apesar de ter várias vertentes de visões lá dentro, mas isso criava um ser humano real, nós somos assim, temos várias opiniões, aí depois desconstrói”, acrescentou.
Sua relação com os integrantes da equipe é positiva até hoje, garante Ramil, e a experiência de ter trabalhado com eles trouxe diversos aprendizados. “Foi muito incrível. Sou muito grata a eles, sou amiga deles até hoje, tenho uma relação muito legal”, explicou.
Ela contou que se surpreendeu ao ser aprovada, porque tinha sido rejeitada em outros projetos: “Foi inacreditável. Eu fazia vários testes e não passava. A gente faz muito teste e aprende a escutar muito não. Nunca tinha passado num teste em algo grande, me dei muito bem com eles”.
E a experiência no grupo foi cercada de espaço para poder criar. “Eles dão liberdade total para você escrever, trazer textos. Tudo dentro da linguagem deles, porque eles já têm uma linguagem deles”, apontou.
Karina Ramil no Zorra
A atriz agora faz parte da equipe do Zorra e se divertiu ao falar como tem sido os dias nos Estúdios Globo. Karina garante que se perdeu todos os dias nos corredores da emissora. “Estou muito diferente, gente [risos]. Tô brincando. Eu achei engraçado porque todos os dias que gravei no Projac eu me perdi. Me perdi todos os dias”, divertiu-se.
Ela tem gostado de trabalhar na emissorae vem se relacionando com os integrantes do grupo. “Fiz mais amizades com o pessoal do Zorra, porque sou tímida. Sou muito amiga do George Sauma, Valentina Bandeira. Lá no Zorra tem muita gente, então to fazendo amizade com essa galera”.
Torcida no BBB20
Em quarentena, Karina tem acompanhado o BBB20 e declarou que está torcendo para a participante Thelma, contudo, ela acredita que o título ficará nas mãos de Babu, o qual chamou de “carismático”.
“Tô super acompanhando. Estou torcendo pra Thelminha, ela é com certeza a pessoa que eu gostaria que ganhasse, mas pelo andar da carruagem, acho que vai vencer o Babu e fico muito feliz”, completou.
Cia de 4
Karina se dedica também aos projetos Cia de 4 (@ciade4) escrevendo, atuando e produzindo desde 2011, quando a companhia foi fundada. Ela explicou que o nome surgiu de uma brincadeira entre ela, Andrezza Abreu, Anita Chaves e Lorena Comparato, mas que o objetivo era dar espaço para mulheres no teatro.
“Naquela época, a pauta do feminismo chegou pra gente de maneira concreta nos tempos mais recentes. Quando a gente se juntou, a gente não tinha ideia que era feminista, que a gente tinha atitudes feministas, de chamar mulheres para fazer papéis, de ter uma atitude feminista, de produzir papéis”, comentou.
Apesar de viver em uma área profissional mais liberal, ela garante que ainda há muito machismo e que as mulheres precisam quebrar no dia-a-dia. “Isso acontece em todos os lugares, porque tem certas características de homens que se tornaram universais. Quando um homem escreve um programa, todos vão falar que é um programa universal. Quando uma mulher escreve uma mulher atua, uma mulher produz, dizem que é um programa para mulheres. É algo do machismo estrutural”, concluiu.
Ao longo de todo período de quarentena, o NaTelinha realizará entrevistas ao vivo no Instagram. Nesta quinta (16) é a vez do escritor e roteirista Silvio Cerceau, às 18h. Fique ligado!
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