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Conexão Repórter é oásis escondido na programação do SBT

No ar desde 2010, Conexão Repórter se escondeu nas noites de segunda-feira


Roberto Cabrini com o logo do SBT ao fundo
Roberto Cabrini comanda o Conexão Repórter desde 2010 - Divulgação/SBT

Às vésperas de completar 60 anos (em 3 de outubro), Roberto Cabrini voltou ao SBT em 2009 depois de uma passagem na emissora na década de 1990. Sua contratação foi fruto de uma onda de ataques de Silvio Santos à Record depois da saída do seu então pupilo, Gugu Liberato (1959-2019) para a emissora dos bispos.

Cabrini teve uma missão: formatar um programa desde a estaca zero, da concepção da ideia à realização. Não se intimidou, criou, construiu e estreou em março de 2010 o Conexão Repórter, jornalístico que está no ar até hoje, mas escondido.

Colecionador de prêmios por suas reportagens, o jornalista, somente no Conexão Repórter, conseguiu a instauração de pelo menos três CPIs e investigou casos de pedofilia dentro da Igreja Católica em Arapiraca (AL), causando grande repercussão em todo o mundo, fazendo com que três sacerdotes fossem à julgamento e condenados posteriormente.

Ao longo desses 10 anos ininterruptos no SBT, o Conexão Repórter se mostrou um oásis dentro da emissora. Uma ilha. O jornalismo no canal de Silvio Santos é outro na madrugada de segunda para terça-feira.

Instigante, provocador, profundo e essencialmente investigativo são algumas das características que definem não só o programa, mas toda a carreira de Roberto Cabrini.

Programação em frangalhos e Conexão Repórter escondido

Conexão Repórter é oásis escondido na programação do SBT

Com uma grade de programação pautada pelo jornalismo excessivo e sem vibração (como o Primeiro Impacto), as reprises intermináveis e as novelas repetidas em looping, o Conexão Repórter além de ser esse oásis, fica escondido na programação.

O Programa do Ratinho conseguiu engolir toda a linha de shows e bons produtos como o programa de Roberto Cabrini. Começando perto da meia-noite e adentrando a madrugada, resta o YouTube no dia seguinte.

É também verdade que o Conexão nunca teve um excelente horário para chamar de seu. Fez sucesso após Silvio Santos aos domingos e também nas noites de quinta-feira, depois da Praça, mas nem de longe é a visibilidade que outras emissoras dão aos seus principais jornalísticos, por exemplo.

Na última segunda-feira (10), mostrando a trajetória de Newton Ishii (o Japonês da Federal) numa entrevista bastante interessante, o programa mingou 3,9 pontos de média no Ibope da Grande São Paulo.

O Conexão Repórter, sem dúvida, merece mais.

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