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“Passa ou Repassa” oxigena tardes de domingo em meio a choro e apelação

Game segue eletrizante há mais de 30 anos


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Celso Portoilli e "Passa ou Repassa": há 22 anos juntos - Divulgação/SBT

Em 1987, Silvio Santos fez um favor ao telespectador brasileiro: adaptou o programa "Double Dare", da Nickelodeon, para o seu o SBT.

Batizado inicialmente de "Passe ou Repasse" como um dos quadros do "Programa Silvio Santos", o programa caiu nas graças do público de verdade sob a apresentação de Gugu Liberato no ano seguinte.

Entre 1988 e 1994, diversos estudantes, jogadores de futebol e celebridades dos mais variados calibres passaram pelo game-show, que ficou imortalizado na memória do público.

Angélica, que hoje é uma coadjuvante de luxo na Globo, apresentou o programa entre 1995 e 1996, quando foi tirada do SBT a peso de ouro pela emissora da família Marinho.

“Passa ou Repassa” oxigena tardes de domingo em meio a choro e apelação

Se por um lado, o "Passa ou Repassa" só se tornou uma mania nacional por conta de Gugu Liberato, o programa só continuou sendo esse estrondo todo por culpa de Celso Portiolli.

Inegavelmente, Portiolli e "Passa ou Repassa" foram feitos um para o outro. É bem verdade que o apresentador já esteve à frente de outros programas da casa de grande sucesso também, como o nostálgico "Curtindo uma Viagem". Só Xuxa Meneghel, que têm suas razões, não devia gostar do game. Enfim...

No entanto, é flagrante a desenvoltura e perspicácia que Portiolli detém sobre essa iguaria televisiva que voltou a abrilhantar nossos domingos em meio a tanto choro e apelação barata da concorrência.

Mesmo há 22 anos, entre idas e vindas (um hiato de 13 anos, diga-se de passagem), o apresentador consegue manter um frescor dentro da atração que pouco, ou nada se vê em programas do gênero.

“Passa ou Repassa” oxigena tardes de domingo em meio a choro e apelação

Falando nisso, conduzir um game-show é uma das tarefas mais difíceis. Portiolli explica de maneira sucinta, mescla suspense e diversão aliado a uma eletrizante e vibrante apresentação.

Agora, verdade seja dita: o "Domingo Legal" não pode virar refém mais uma vez do agora quadro. A saturação, se continuar a ser semanal, é iminente. Mesmo porque, é impossível manter o nível dos convidados por muito tempo sem repetir. Trazer uma disputa acadêmica novamente não seria uma ideia para se jogar fora.

Anunciado como uma das novidades para 2018, muita gente criticou o resgate de uma fórmula antiga para fortalecer o dominical. Eu discordo.

A tentativa é válida e está funcionando. Se bem dosado, o "Passa ou Repassa" continuará tendo vida longa porque o público gosta. E Portiolli, para nossa sorte, também.

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