Opinião

Sem Marcos Mion e muita baixaria, A Fazenda desaba e faz Record tentar salvar formato do fim

A Fazenda 15 estreia na próxima semana na Record com o desafio de estancar queda de audiência e engajamento


Marcos Mion e Adriane Galisteu em montagem do NaTelinha na Fazenda da Record
Record ainda não conseguiu substituir Marcos Mion na Fazenda - Foto: Montagem/NaTelinha

Desde que Marcos Miondeixou a Record, em 2022, A Fazenda e nenhum outro reality da emissora emplacou na audiência. São sucessivos fracassos, como A Ilha, Power Couple e a recente A Grande Conquista, que tiveram investimentos milionários, mas com resultados comerciais e repercussão aquém do esperado. A Fazenda 15 é uma tentativa do canal de salvar o formato que, nos últimos anos, vem sendo associado à baixaria na televisão.

Em 2020, quando Mion apresentou sua última edição do reality rural, o programa deu 13 pontos de média na Grande São Paulo, de acordo com dados da Kantar Ibope que o NaTelinha teve acesso por terceiros. No auge da pandemia, é verdade.

Walter Zagari diz que Record voltou a ser TV evangélica e perde R$ 1 bilhão por falta de visão

Os bastidores da saída de Fernando Pelegio do SBT: Fofocalizando, pressão e Larissa Manoela

No ano seguinte, já tendo Adriane Galisteu como apresentadora, A Fazenda 13 teve uma queda de 30% de audiência e fechou com média de 9,2. Na temporada de 2022, o programa teve 7,3 pontos em São Paulo. A segunda pior audiência desde a estreia do formato no país, só ganhando da edição Fazenda de Verão, que foi ao ar entre outubro de 2012 e janeiro de 2013 e teve apenas 6,7.

Com isso, se comparar a última Fazenda com Marcos Mion para a do ano passado, a Record perdeu cerca de 43% da audiência no horário em apenas três anos. São números que assustam. Além disso, junto com sua audiência, o engajamento do programa vem caindo a cada temporada.

A queda de A Fazenda nas rede sociais

Sem Marcos Mion e muita baixaria, A Fazenda desaba e faz Record tentar salvar formato do fim

Mesmo se esforçando, Adriane Galisteu ainda não conseguiu encontrar o mesmo caminho exitoso trilhado por Mion nos meios digitais. Não é plausível afirmar que a queda do programa acontece pela ausência do atual apresentador do Caldeirão, da Globo, mas sua força nas redes ainda não foi substituída à altura pela direção do canal de Edir Macedo.

Por outro lado, nos reality shows, o apresentador é a cereja do bolo, mas a receita principal é seu elenco e as escolhas nas últimas edições deixaram muito a desejar.

Por exemplo, A Fazenda 14 foi um show de brigas exageradas entre Deolane Bezerra, Deborah Albuquerque, Thomaz Costa, Pétala Barreiros e um clima pesado que acabou culminando nas expulsões duvidosas de Tiago Ramos e Shayan Haghbin.

Quem assiste fica sempre com a sensação de que o jogo é apenas pano de fundo para uma briga que parece ser incentivada pelos agentes antes da entrada do artista na casa para gerar pauta entre a imprensa especializada. Tudo parece artificial.

Em A Fazenda 15, a Record reseta o formato em busca da sua salvação. Investe em cachês mais altos, numa profunda reforma na sede e tenta resgatar um pouco da sua ferida credibilidade. Arrisco a dizer que a edição de 2023 ou será um sucesso retumbante ou mais um fracasso que pode enterrar de vez o formato no Brasil.

Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado